A primeira sociabilidade que o ser humano se
depara é com a família. A escola é uma transição entre a família e a vida
social. A ética na educação escolar envolve os professores, alunos,
funcionários, etc. Há uma interação entre - Professores/Alunos - Alunos/Alunos
– Professores e alunos com os funcionários etc. Para formar cidadãos, a escola
prepara o estudante para a vida pública, obtendo o aumento de sua sociabilidade.
Deparamos-nos com alguns conflitos ao formar
cidadãos, como por exemplo: como permito a liberdade em sala de aula mantendo a
autoridade? Já que o educando é regido por regras exteriores, e essas regras
aos poucos é interiorizada no mesmo e então ele passa a respeitá-las, chegando
na fase da autonomia, mas esse processo é delicado de pode ser demorado.
É preciso que o aluno desenvolva sua
autonomia, reconhecendo seus direitos e deveres.
Na antiguidade a ética e a moral seriam
sinônimos, a ética, do latim “ethos”, os gregos usavam para falar sobre os
costumes e a moral, do latim “mores”, é a palavra que os romanos usavam para
falar sobre os costumes. Nos dias atuais usamos os dois termos para situações
diferentes, onde a palavra ética supõe um comportamento escolhido, uma adesão
voluntária a um conjunto de regras de ação; a moral são as formas recomendadas
para agir socialmente, externas a opção individual. Em ambos os casos falamos
sobre a necessidade de trabalhar o lugar do outro, de se colocar no lugar do
outro, e o outro sempre é diferente, no caso da educação “o outro” é o nosso
aluno, o colega, etc., aquele que não somos nós e devemos verificar a
possibilidade de termos uma vida do bem e uma vida digna.
Na escola devemos nos preocupar em lidar com
o tema da igualdade para lidar com o coletivo de nossos alunos, que merecem ser
tratados como iguais, de maneira equitativa e ao mesmo tempo devemos respeitar
as diferenças.
Qual ação devo realizar que seja ética? Uma
ação ética, correta, é aquela que deve visar a felicidade de todos, o acordo
com determinadas regras que possam ser justificáveis perante a coletividade. Do
ponto de vista pedagógico, o professor não conseguirá trabalhar a ética com os
alunos se os estudantes não entenderem com clareza quais são as regras do
professor, como por exemplo, os combinados que são feitos em sala, é muito
importante, pois os alunos sentem-se participativos. Na escola existe um
currículo oculto, que tem haver com a formação de atitudes, que por muitas
vezes impedem os professores e os alunos quando transformam em apenas regras
arbitrárias em que os alunos são obrigados a seguir, o que queremos é a adesão
dos alunos às regras, internalizando-as dentro de si e respeitando-as por
compreenderem a importância de segui-las.
Devemos
estar atentos também com os nossos comportamentos, com nossa reação àquele
aluno falante, ou com o qual não se interessa, etc., por muitas vezes temos
dificuldades em lidar com esses alunos, a relação de empatia não é uma relação
óbvia, devemos tomar cuidado com os juízos cristalizados, com as falsas
generalizações. É necessário nesse aspecto pensarmos nessa atitude de
tolerância, só assim poderemos estabelecer uma relação de produção de uma
cultura escola que venha a ser progressista, fraterna, que correspondam à ética
ligada a justiça e ao cuidado.
Por
muitas vezes presenciamos falta de ética em nosso dia a dia, e nessa aula
pudemos confirmar a importância desse cuidado, do aluno respeitar as regras
interiorizando-as dentro de si, que os alunos sintam que fazem parte da aula
percebendo o respeito mútuo e não unilateral. Os professores devem estar
atentos as falsas generalizações – que ocorrem com grande freqüência – exemplo:
Aquele aluno não irá aprender, não adianta, ele não consegue. É uma atitude
errônea, pois ao agirmos assim nós acabamos por não mais nos responsabilizar
pelo não aprendizado daquele aluno, e não devemos agir assim, devemos buscar
meios para que o aluno, dentro de seu limite, atinja seu ideal, não podemos
deixar de nos responsabilizar por ele achando que ele não consegue, não é capaz.