quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Vídeo-aula 14: Projetos


Projeto está associado à ação, e a ação deve ser consciente diferenciando-nos dos animais irracionais. Para realizarmos uma ação devemos analisar as conseqüências, as relações entre o que planejamos, metas, objetivos, e isso é o projeto. Projeto esse ligado a uma ação que pretendemos realizar, atingir um objetivo, que dependa de nosso esforço, onde corremos riscos durante o processo, e não é possível haver comutação onde outra pessoa realize um projeto por outro alguém, é uma realização pessoal, porém há projetos que são realizados em coletivo, mas esse coletivo deve ser específico, não podendo um grupo distinto realizar o projeto por outro.
Projetos estão ligados a sonhos, utopias, ilusões, esperança, etc., e precisamos pensar o projeto, planejar, avaliar e realizar uma trajetória para atingir o objetivo. Os projetos estão diretamente relacionados aos valores, pois temos metas e nos organizamos para atingirmos as mesmas, sendo preciso alinhar qual meta buscamos, e tal decisão estará ligada aos nossos valores. Há metas que valem mais e há as que valham menos, há as que devemos cultivar, conservar, e também as que devemos combater e transformar. Temos que projetar nos centralizando no que queremos buscar, considerando nossas tradições, culturas, memórias.
Vivencio vários projetos nas escolas em que trabalho que são muito interessantes visto que buscam trabalhar a transversalidade com as temáticas baseadas em problemas atuais, vivências, costumes de nossa região, buscando a interação, o interesse e busca de informações pelos alunos através de pesquisas online, pesquisas de campo, entrevistas, sempre orientados pelos docentes.



terça-feira, 30 de outubro de 2012

Vídeo-aula 13: Conhecimento em rede

Aula apresentada pelo professor Nilson Machado que trata sobre o assunto de conhecimento em rede. Conhecimento em rede no sentido metafórico, como uma imagem do conhecimento, através de nossas ações em sala de aula, nosso modo de pensar, de planejar as aulas, avaliar, escolher os materiais didáticos, etc., todas estão ações docentes estão associadas à imagem do conhecimento que cada um tem e agimos sobre essa maneira de pensarmos, cada um possui sua imagem de conhecimento específica e age como tal.
O professor nos explica quanto ao método Cartesiano que consiste na fragmentação do todo em partes, algo complexo eu devo dividir em partes até se tornar simples, é uma pesquisa importante que não podemos deixar de considerar, mas o mundo atual está mais interativo, versátil, por isso não devemos continuar seguindo-o, mas devemos nos atentar a idéia de rede, onde o planejamento é baseado em várias informações atuais, pesquisas, modo de pensar atualizados, de acordo com nossa realidade atual.
Os alunos quando chegam à escola já trazem com si uma “rede” de conhecimento, e nós (docentes) devemos aperfeiçoar o que eles já trazem, tirar o que for preciso e acrescentar o necessário, moldando da melhor maneira possível. Essa perspectiva de conhecimento em rede, o que é muito importante é o seu permanente estado de atualização, já que o mesmo propõe uma abordagem ativa de aprendizagem e os temas são ligados entre si, atingindo assim a transdisciplinaridade.
O conhecimento em rede é muito interessante, já que o aluno será capaz de realizar a ligação entre as disciplinas, entre os conteúdos cognitivos adquiridos com o auxílio do docente, até que possa ser capaz de realizá-lo por si só. Agindo com transdisciplinaridade dentro do conhecimento em rede o aluno se torna capaz de estabelecer a ligação necessária entre as disciplinas, colaborando ativamente no auge do seu entendimento complexo dos conteúdos sem que seja necessário utilizar o método Cartesiano que faz-se necessário dividir o complexo em partes para que tente torná-lo simples. O conhecimento em rede, para os dias atuais é extremamente elogiável.


Vídeo-aula 12: Perspectivas atuais da educação em valores


Devemos tentar uma articulação entre a escola e a comunidade, por meio de quatro movimentos que vão entrar no cotidiano das pessoas, que são:
·         Gestão por meio de um Fórum – onde pais, professores, alunos, etc., todos se articulam um dia na escola, para discutir temáticas de ética e cidadania. O Fórum tem um grande foco de forma específica em quatro eixos de atuação: ética, convivência democrática, direitos humanos e inclusão social.
·         Para “fora” da escola – As famílias passam a participar ativamente da elaboração das políticas da escola, voltadas para as temáticas que a família tem participação maior (ética, cidadania, envolvimento e participação, etc.). Articulando a escola e comunidade em prol da educação, de temáticas que sejam significativas do ponto de vista de valores. Devemos levar os alunos para “fora” dos muros da escola, levar os alunos a saírem e pesquisarem sobre os problemas de sua região, os temas que estão sendo trabalhados em classe que há na região, trabalhando então a vida real cotidiana dos educandos.
·         Para “dentro” da escola – Devemos estar atentos aos problemas que ocorrem ao redor da escola e trazer estes problemas para o interior da sala de aula, trabalhando através da interdisciplinaridade em todas as disciplinas de diferentes formas. Trabalharemos os problemas da comunidade, os problemas encontrados, levando-os para dentro do currículo da escola.
·         O protagonismo dos estudantes – onde o professor deixa de ser o detentor de todos os conhecimentos e passa a dar um papel mais ativo aos alunos, colocando-os no centro do processo educativo, oferecendo uma responsabilidade que lhe caiba, como por exemplo: uma rádio comunitária, teatro, gincanas, etc., todas com objetivos ligados aos temas escolares, ligados à ética, aos valores, todas as atividades focando essas temáticas essenciais nos dias atuais, despertando o interesse dos alunos. 
O aluno se sentindo responsável, fazendo algo que ele gosta, será despertado um grande interesse, havendo dedicação e interiorizando no aluno as temáticas que estão sendo trabalhadas.
Na escola onde trabalho é realizado diferentes projetos proporcionando esse protagonismo aos alunos, eles se sentem responsáveis e capazes de realizar diferentes trabalhos, colaborando com a escola, recebendo nota pelas atividades – motivando-os ainda mais e orgulham todos os envolvidos nesse processo com a intensidade do envolvimento dos educandos e surpreendendo cada vez mais com a capacidade de criar quando eles realmente se envolvem.


segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Vídeo-aula 11: Perspectivas atuais das pesquisas em psicologia moral


Para o Profº Ulisses Araújo, “Valores referem-se a trocas afetivas que o sujeito realiza com o exterior. Surgem da projeção de sentimentos positivos sobre objetos, e/ou pessoas, e/ou relações, e/ou sobre si mesmos”.
Partindo dessa conclusão podemos dizer que tudo aquilo que gostamos é um valor para nós, temos também os contra-valores que surgem de uma projeção negativa sobre objetos, pessoas, relações, etc. Sendo assim percebemos que o sujeito tem papel ativo na sua construção de valores, o sujeito não adere apenas o que a sociedade lhe indica, mas também constrói seus próprios valores, que podem ser morais ou imorais. Também construímos os valores de formas diferenciadas, centrais ou periféricas, os valores centrais são os mais importantes para nós, são os que falam mais alto ao decidir uma situação, já os periféricos entram em ação dependendo da situação em que nos encontramos.
Os valores são ligados aos sentimentos, existindo uma regulação dos valores pelos sentimentos. Os valores se integram dentro do sujeito e se organizam em nosso sistema moral de forma hierárquica, àqueles que são centrais, que são mais importantes serão os priorizados. Além dos valores se integrarem ao sujeito, eles se integram entre si, de maneira a utilizarmos mais de um valor em uma determinada situação, e essa integração indica quais valores serão centrais e quais serão periféricos.
A partir dessas descobertas da psicologia moral, vamos pautar as implicações que elas causam para a Educação em Valores: um primeiro aspecto é o papel ativo do sujeito na construção de valores, onde não podemos ter na escola uma educação moral transmissiva, precisamos levar reflexão e as metodologias ativas de aprendizagem, onde o sujeito se coloca no lugar de construtor de seus próprios conhecimentos; o segundo aspecto é relacionado aos valores serem ou não morais e não seguirem apenas o princípio de justiça. Concluímos que é extremamente necessário trabalharmos com os valores na escola, com o aluno participando ativamente da construção desses valores, atingindo então sua construção identitária e da moralidade.
Faz-se necessário elaborar projetos e sequências didáticas voltadas para a construção de valores pelos alunos em diversas situações, explicitando os sentimentos e valores constituídos nesses trabalhos já que sabemos que os valores são regulados pelos sentimentos e que eles se integram e regulam o sistema moral dos educandos.
O professor deve trabalhar de maneira a clarificar os valores, levar os alunos a refletirem sobre os mesmos, desejando obter uma sociedade melhor, uma vida mais agradável, justa e solidária.


Vídeo-aula 10: Interdisciplinaridade e Transversalidade na Educação


A interdisciplinaridade tem o foco de não mudar os objetos das disciplinas, mas de se ligarem de uma maneira mais forte entre si, como por exemplo, a água, todas as disciplinas podem trabalhar de maneira interligada esse assunto, abordando de diferentes maneiras e ligando um conteúdo ao outro.
A Transversalidade busca atravessar todas as disciplinas, são temas que não cabem em uma disciplina específica, como valores, ética, saúde, meio ambiente, etc., mas que todas as disciplinas podem e devem trabalhar no ambiente escolar.
Os professores precisam abordar os conteúdos de maneira interdisciplinar e transversal, interdisciplinar para que os alunos compreendam o todo de maneira completa oferecendo um estudo claro, eficaz e de qualidade ao aluno e não de maneira fragmentada como ocorre na maioria das vezes, onde o aluno precisa juntar as partes e compreender o todo. De maneira transversal para que os alunos conheçam e compreendam temas que fazem parte dos valores, da cidadania, do mundo, de seu país, cidade e até mesmo de seu bairro que por muitas vezes é deixado de lado, sendo que todas as disciplinas podem trabalhar juntas e desenvolver um excelente trabalho, colaborando com o entendimento de mundo, de cidadania, sem que seu conteúdo específico da disciplina fique de fora, aplicando a interdisciplinaridade, a transversalidade e mantendo o currículo disciplinar, todos simultaneamente.


Vídeo-aula 9: Ciência e Educação


       Ciência na Educação de Base: linguagem, instrumental prático e visão de mundo.           
         Linguagem: para realizarmos uma leitura em nosso dia a dia, implica em uma linguagem cientifica, física, química ou matemática (leitura de um jornal, rótulo de um medicamento ou alimento, etc.). Exemplo: para saber dosar a quantidade de um alimento a ser digerido, é possível ao realizar a leitura de sua embalagem, mas para isso é necessário saber fazer essa leitura e compreender. Sendo assim, uma primeira função da aula de ciências seria promover o domínio dessas linguagens, em nível compatível com a etapa escolar, não como “coisa de cientistas”, mas como instrumental prático para os educandos. 
         A ciência como visão de mundo: é a busca de verdades, busca de provar idéias; não que ela seja o domínio das certezas, mas é o caminho para buscar a conclusão de verdades. Compreender as tecnologias, compreender o sistema solar, nossa galáxia, etc., são visões de mundo que a ciência nos privilegia.
É necessário que na escola trabalhemos com a ciência de maneira a desenvolver nos educandos essa linguagem de compreensão de diferentes leituras (dentro do nível escolar); que ela corresponda a um instrumental prático, a capacidade de fazer o melhor com a ciência e também a uma visão de mundo em diálogos e participação de projetos.


Vídeo-Aula 8: A construção psicológica dos valores


              Segundo o professor Ulisses Araújo, após estudo baseado em Piaget conclui que “Os valores referem-se a trocas afetivas, que o sujeito realiza com o exterior. Surgem da projeção de sentimentos positivos sobre objetos, e/ou pessoas, e/ou relações, e/ou sobre si mesmos”. Identificou que os valores têm haver com a questão afetiva do ser humano, não apenas cognitiva. Valores são atrelados aquilo que eu gosto, não tem como alguém me mandar gostar de algo, o gostar tem haver com o sujeito, com si mesmo.
            Projetamos sentimentos positivos ou negativos sobre alguém, sobre relações, sobre objetos e também sobre si mesmo.
            Cada sujeito tem seu “posicionamento” dos valores na identidade, alguns se importam com dinheiro, com a beleza física, outros com a honestidade, com justiça, etc., cada uma dessas situações é central na identidade de cada um de nós, cada um tem sua característica central em sua identidade. Esses valores não são rígidos, podemos construir valores e mudarmos alguns, ou podemos ser, por exemplo, honestos com algumas pessoas e desonestos com outras, isso pode ser periférico, um valor pode mudar em qualquer momento de nossa vida.
            Na escola, por exemplo, do ponto de vista psicológico, uma criança que é filha de drogados, de ladrões, não significa que ela também será uma drogada ou ladra. Muitos falam que “filho de peixe, peixinho é”, mas nem sempre funciona assim, a criança pode desenvolver valores diferentes daqueles que os pais possuem.
            Precisamos trabalhar valores visando desenvolvermos uma sociedade melhor, valores que sejam essenciais, para que sejam centrais na identidade das crianças, valores que sejam alvos positivos para as crianças.
Ao trabalharmos projetos na escola, devemos desenvolver valores que levem as crianças a gostar de se envolver nos projetos da escola, que participem e colaborem, que compreendam o objetivo do projeto e internalize dentro de si, moldando positivamente aos poucos sua identidade central, aperfeiçoando ou desenvolvendo novos valores positivos.

Vídeo-Aula 7: Educação e Ética

A primeira sociabilidade que o ser humano se depara é com a família. A escola é uma transição entre a família e a vida social. A ética na educação escolar envolve os professores, alunos, funcionários, etc. Há uma interação entre - Professores/Alunos - Alunos/Alunos – Professores e alunos com os funcionários etc. Para formar cidadãos, a escola prepara o estudante para a vida pública, obtendo o aumento de sua sociabilidade.
Deparamos-nos com alguns conflitos ao formar cidadãos, como por exemplo: como permito a liberdade em sala de aula mantendo a autoridade? Já que o educando é regido por regras exteriores, e essas regras aos poucos é interiorizada no mesmo e então ele passa a respeitá-las, chegando na fase da autonomia, mas esse processo é delicado de pode ser demorado.
É preciso que o aluno desenvolva sua autonomia, reconhecendo seus direitos e deveres.
Na antiguidade a ética e a moral seriam sinônimos, a ética, do latim “ethos”, os gregos usavam para falar sobre os costumes e a moral, do latim “mores”, é a palavra que os romanos usavam para falar sobre os costumes. Nos dias atuais usamos os dois termos para situações diferentes, onde a palavra ética supõe um comportamento escolhido, uma adesão voluntária a um conjunto de regras de ação; a moral são as formas recomendadas para agir socialmente, externas a opção individual. Em ambos os casos falamos sobre a necessidade de trabalhar o lugar do outro, de se colocar no lugar do outro, e o outro sempre é diferente, no caso da educação “o outro” é o nosso aluno, o colega, etc., aquele que não somos nós e devemos verificar a possibilidade de termos uma vida do bem e uma vida digna.
Na escola devemos nos preocupar em lidar com o tema da igualdade para lidar com o coletivo de nossos alunos, que merecem ser tratados como iguais, de maneira equitativa e ao mesmo tempo devemos respeitar as diferenças.
Qual ação devo realizar que seja ética? Uma ação ética, correta, é aquela que deve visar a felicidade de todos, o acordo com determinadas regras que possam ser justificáveis perante a coletividade. Do ponto de vista pedagógico, o professor não conseguirá trabalhar a ética com os alunos se os estudantes não entenderem com clareza quais são as regras do professor, como por exemplo, os combinados que são feitos em sala, é muito importante, pois os alunos sentem-se participativos. Na escola existe um currículo oculto, que tem haver com a formação de atitudes, que por muitas vezes impedem os professores e os alunos quando transformam em apenas regras arbitrárias em que os alunos são obrigados a seguir, o que queremos é a adesão dos alunos às regras, internalizando-as dentro de si e respeitando-as por compreenderem a importância de segui-las.
Devemos estar atentos também com os nossos comportamentos, com nossa reação àquele aluno falante, ou com o qual não se interessa, etc., por muitas vezes temos dificuldades em lidar com esses alunos, a relação de empatia não é uma relação óbvia, devemos tomar cuidado com os juízos cristalizados, com as falsas generalizações. É necessário nesse aspecto pensarmos nessa atitude de tolerância, só assim poderemos estabelecer uma relação de produção de uma cultura escola que venha a ser progressista, fraterna, que correspondam à ética ligada a justiça e ao cuidado.
Por muitas vezes presenciamos falta de ética em nosso dia a dia, e nessa aula pudemos confirmar a importância desse cuidado, do aluno respeitar as regras interiorizando-as dentro de si, que os alunos sintam que fazem parte da aula percebendo o respeito mútuo e não unilateral. Os professores devem estar atentos as falsas generalizações – que ocorrem com grande freqüência – exemplo: Aquele aluno não irá aprender, não adianta, ele não consegue. É uma atitude errônea, pois ao agirmos assim nós acabamos por não mais nos responsabilizar pelo não aprendizado daquele aluno, e não devemos agir assim, devemos buscar meios para que o aluno, dentro de seu limite, atinja seu ideal, não podemos deixar de nos responsabilizar por ele achando que ele não consegue, não é capaz.







sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Vídeo-aula 6 : Temas Transversais em Educação


Quais temas transversais trabalhar em educação?

Segundo a Legislação Brasileira, os temas transversais sugeridos são:

·           Orientação sexual
·           Ética
·           Pluralidade Cultural
·           Saúde
·           Meio Ambiente
·           Trabalho
·           Consumo

Mas, mesmo com essas sugestões, cada comunidade, cada instituição escolar deve escolher os temas que lhes são mais importantes.
O currículo da escola e a própria escola continuam organizados de maneira tradicional, o objetivo maior da escola é promover o ensino das disciplinas curriculares atuais (matemática, geografia, história, etc.) Quando a escola se propõe a trabalhar temas transversais, ela faz de maneira não interdisciplinar, porque geralmente o que ocorre são projetos que são trabalhados de maneira pontual, exemplo: trabalha-se sobre ética durante uma semana, e depois os professores voltam a trabalhar seus conteúdos específicos sem trabalhar durante as aulas os temas transversais daquele projeto; ou se contrata um professor específico em ética para dar uma palestra sobre esse tema na escola, agindo de maneira fragmentada, precisando de pessoas externas ao ambiente da escola que não fazem parte do cotidiano escolar. As escolas ainda não dão a mesma importância que dão as disciplinas curriculares aos temas transversais, ficando os temas transversais sempre em segundo plano para serem trabalhados.
É necessário que os temas transversais sejam o ponto de partida e o de chegada, sejam a “finalidade” da educação e os conteúdos tradicionais passem a ser o “meio” para se trabalhar os temas transversais, dando um foco maior na formação do sujeito, abordando de maneira mais ampla e acentuada a formação ética e moral do educando.



Vídeo-aula 5: O Conceito de Transversalidade


O Conceito da TRANSVERSALIDADE

Novos sentidos para a educação e a ciência.
A ciência promoveu grandes avanços até a atualidade.

A quem esses grandes avanços da ciência continuam servindo, a que parcela da população? A escola está a serviço de quem?
Para respondermos estas questões, precisamos responder: Quais são os objetivos da educação?

Toda escola que conhecemos tem pelo menos dois objetivos principais: a Instrução e a formação ética e moral (cidadania).
- Formar o cidadão para a ética, para a cidadania; apesar de estar presente no PPP, é muito subliminar, subjetivo; ficando como função da família formar para a cidadania, mas a família devido a correria do dia a dia acabam devolvendo essa “função” para a escola, devido a grande mudança de como a família se organiza. 


É reconhecida a importância de se trabalhar a ética, moral e cidadania, mas os professores se bloqueiam ao precisar inserir esses conteúdos dentro do conteúdo a ser ministrado de sua matéria específica (Exemplo: o professor de matemática se limita a ser professor de matemática, e se bloqueia, reluta em inserir o conteúdo de cidadania em seu conteúdo de matemática).
           
            Conceito de transversalidade na educação:
Transversalidade é aquilo que atravessa, passa os diferentes campos de conhecimento. Temas que atravessem todas as disciplinas, como por exemplo os valores, que não cabe dentro de uma disciplina específica de escola básica e que pode e deve ser trabalhada dentro de qualquer disciplina a ser ministrada.
Um tema para ser considerado transversal, é preciso pensar em temáticas ético-político-socias atreladas à melhoria da sociedade e da humanidade.
Temáticas que mudem a “cara” da escola, o foco nas aulas cotidianas.
Quais temas transversais teriam esse objetivo:
- Voltados para uma educação em valores (tema de ética, por exemplo, porque ele tem essa preocupação com educação e valores).
- Temas que buscam dar respostas aos problemas que a sociedade reconhece como prioritários e preocupantes. Exemplo: Drogas – é um tema em que hoje sabemos que é uma temática extremamente relevante e preocupante. Seria esse um tema transversal por tem uma natureza ético-político-social.
Outra forma seriam temas que buscam conectar a escola à vida das pessoas. Temáticas de saúde, ou vinculadas a sentimentos e afetos também são temáticas que podem ser trabalhadas nas aulas curriculares tradicionais, cruzando um tema que não é disciplinar (ética, saúde, sentimentos) com as disciplinas curriculares de história, matemática, etc.
E por fim, outro que também podemos considerar, são aquelas temáticas que estão abertas à incorporação de novos temas e problemas sociais. Exemplo: o meio ambiente, a questão ambiental seria um de muitos outros temas que poderiam ser trabalhados.
Todos que fazem parte da equipe escolar devem trabalhar com os temas transversais, é uma responsabilidade que cabe a todos que dela participam.









Vídeo Aula 4: A Escola e a Construção de Valores


1.  OS CONTEÚDOS ESCOLARES

Para que realmente haja uma educação de valores, é preciso que entre no currículo da escola, nas aulas de língua portuguesa, matemática, história, etc de forma transversal e interdisciplinar, o que se percebe é que não está no currículo, já que se dá aula de Matemática, Artes, Geografia,etc sem levar em consideração a formação pessoal do aluno, sendo que no Projeto Político Pedagógico da escola está: Formar cidadãos (mas se é focado apenas nas matérias de Português, Geografia,etc ) como então formar cidadãos?

2. METODOLOGIA DAS AULAS

Diálogo - O professor não pode ficar apenas em uma relação unilateral, aonde ele ensina e o aluno aprende, sendo que a construção dos valores é através do diálogo, através do trabalho colaborativo. O aluno poderá expressar suas opiniões.
Construção Coletiva do conhecimento – o conteúdo da escola deve ser trabalhado de maneira cooperativa, coletiva.
Papel ativo do estudante – onde o aluno passa a ser protagonista do processo de conhecimento, onde o aluno busca o conhecimento, ele sai do papel passivo e busca informações no mundo real, na internet,etc. – focado na construção de valores.

3. O TRABALHO INTENCIONAL COM VALORES

A escola precisa ter a intenção de que os alunos aprendam os valores - da mesma maneira que tem a intenção de que ele aprenda Matemática, história, etc.- A escola precisa querer e fazer parte do projeto.
Quais valores trabalhar?
- Um bom guia de referência é a Declaração Universal dos Direitos Humanos

4. AS RELAÇÕES INTERPESSOAIS

Respeito, Autoridade e Admiração.
O papel de autoridade do professor não é ser ‘duro’, autoritário e sim através do respeito, através da construção de uma relação de admiração, por diferentes motivos.

5. A Auto-estima
Cada ser humano constrói uma imagem de si (auto-imagem) tem haver com o que pensamos sobre nós mesmos. Auto-imagem positiva – a escola precisa reforçar essa auto-imagem do aluno. (Ao discriminar o aluno – por qualquer motivo que seja -, sua auto-imagem é “manchada” e o aluno tem uma baixa auto-estima).

6. Auto-conhecimento
Sentimentos e Emoções – Preciso primeiramente me conhecer, conhecer meus sentimentos... o que me deixa triste, o que me deixa alegre. Para então conhecer os sentimentos das outras pessoas (às vezes humilho um colega em uma conversa, sem saber que eu estaria humilhando ele). É fundamental que saibamos nos conhecer.

7. A gestão escolar
A escola tradicional – que os valores já estão pré-determinados por quem manda – diretor, professor, coordenador (não é democrático, não há um diálogo) Isso contribui para a formação de sujeitos heterônimos – que respeita as regras através da imposição das mesmas. É preciso que haja o diálogo e democracia, cooperação entre as pessoas.


Para que de fato consigamos constituir uma educação de valores no cotidiano de uma sala de aula faz-se necessário considerar essas diferentes dimensões acima citadas.





Vídeo Aula 3: O Juízo Moral na Criança



        Livro de Piaget do ano de 1932 – O juízo moral na criança, onde ele nos explica o processo de construção de valores por parte de crianças – acompanhando o desenvolvimento de seus filhos e outras crianças para compreender como que se dá a construção da moralidade desde os primeiros momentos de vida.

“Toda moral consiste num sistema de regras, e a essência de toda moralidade deve ser procurada no respeito que o individuo adquire por essas regras”.
A moral é ligada às regras, as pessoas que não respeitam as leis, as regras da sociedade passam a ser pessoas imorais. No ambiente escolar seriam as regras da escola, os combinados em sala, etc.

Processo de Desenvolvimento da Moral na criança

O processo inicia-se na Anomia no momento do nascimento – A (Ausência) de Nomia (Regras). A criança ao nascer não sabe as regras, não as conhece.
Com o passar do tempo descobre as regras – Chega no processo de Hetero (Vários) Nomia (Regras) – HETERONOMIA. A criança passa a saber e conhecer as regras. A própria sociedade indica o que pode ser feito ou não, além do pai, mãe, da família, etc.
Até chegar no estado de Autonomia- Auto (de si próprio) Nomia (regras). A pessoa por si só sabe o que é certo ou errado, sabe as regras da sociedade e que devem ser respeitadas. Já não as respeita porque há alguém lhe apontando o certo e o errado e sim por ter internalizado dentro de si como agir na sociedade, no coletivo.
Passam da Anomia para a Heteronomia através de instrumentos de coação e respeito unilateral que são passadas à ela. A coação se dá através do medo de apanhar, de ser punido. O respeito unilateral é o respeito de direção única, onde a criança precisa respeitar os pais, mas os pais não precisam ter esse respeito, pois esse tipo de respeito vem do medo da punição. Esse respeito vem ligado ao AMOR E MEDO. Para que alguém tenha respeito, é por no mínimo ter carinho por essa pessoa que respeita (há vínculo afetivo) - Respeito por medo de perder essa pessoa.
Após passar por estes processos ela chega ao estado de Autonomia.                              O problema é que em sociedades autoritárias, as pessoas param o desenvolvimento na fase da HETERENOMIA – sempre vão respeitar por alguém estar lhe falando qual regra deve seguir, está mandando, e não porque aprendeu as regras internamente (dentro de si) atingindo assim a AUTONOMIA.
·  Faz-se necessário trocar a Coação por relações de cooperação – trabalhar de maneira cooperativa (trabalhar em grupo – jogos cooperativos – jogos em equipes com regras - exemplo: futebol, vôlei,etc. aprendendo que existem regras no mundo).
·  Trocar Respeito Unilateral pelo respeito mútuo - ao invés do amor e medo, que respeita pelo medo do castigo e sim passar a respeitar por uma relação afetiva, de troca de respeito.
· É necessário diminuir o egocentrismo, quando a criança nasce ela é muito egocêntrica, tudo gira em torno dela. E é preciso diminuir o egocentrismo da criança para que ao passar do tempo ela aprenda a respeitar o próximo.
Ao se desenvolver para a fase da autonomia, ela aprende que existe as regras, internaliza dentro de si, ela sabe como agir levando as regras da sociedade em consideração, também considera o coletivo (deixando de ser egocêntrico) – chegando então em nossa meta – O Sujeito Moral.



Na escola muitas crianças ainda não atingiram a Autonomia, ainda são egocêntricas, dificultando o trabalho do professor. Muitas vezes o professor aplica um jogo na classe, e muitas das crianças encontram dificuldades em respeitar as regras, em respeitar a opinião do colega, ainda são egocêntricas e não internalizaram dentro de si as regras da sociedade. Ainda respeitam pela coesão do professor (exemplo: Irá perder pontos na nota se não participar), mediante a coesão o aluno respeita, mas apenas diante de uma situação de coesão. Já quando o aluno está no estado de autonomia ele respeita as regras, a opinião do colega, age com cooperação devido ter internalizado dentro de si as regras que a sociedade pede, necessárias para uma vida moral.






Vídeo-aula 2: Os caminhos da interdisciplinaridade


Sociólogo Edgar Morin – Pensamento simplificador.

3 princípios que fundamentam o pensamento simplificador:

1º Disjunção - Separação entre os diversos tipos de conhecimento. Criação das disciplinas.
Separação do todo em pequenas partes.

2º Redução do complexo ao simples. Analisa-se a parte como se fosse o todo. Vemos uma parte e reduzimos ao todo. Exemplo: um aluno está indisciplinado e é falado: Este aluno está indisciplinado, pois seus pais estão se separando. Estamos reduzindo o TODO (a indisciplina) em uma parte (a separação dos pais).

3º Abstração – gerou a Matematização e a formalização da ciência.  Avanços que beneficiam a ciência, a construção do conhecimento (Exemplo: podemos visitar uma cidade pela internet sem estarmos presentes nesta cidade).

Não podemos pegar apenas uma parte do todo e considerar como se ela fosse o TODO. Por muitas vezes pegamos uma parte de um problema e queremos resolvê-lo por completo, mas como se não o conhecemos por inteiro?
Exemplo: Queremos resgatar os valores na escola, mas não buscamos compreender o problema como um todo, o que houve para que os valores se perdessem?Onde foi o erro? Focamos apenas em uma parte de um todo que gerou o problema, que no caso é a perda dos valores. Sem nos preocupar em conhecer todas as partes do problema por completo, não há como solucionar a situação. É necessário buscarmos um amplo conhecimento sobre o assunto detectando os principais motivos que levaram a perda dos valores e então trabalharmos para atingir o objetivo que é o resgate dos valores, solucionando então o TODO do problema, e não apenas uma parte ou até mesmo agindo de maneira ineficaz.

Da mesma maneira acontece com a interdisciplinaridade, se as disciplinas não se dialogam, não se conectam uma com as outras, de que maneira o aluno poderá compreender o todo, sendo que ele conhece apenas a parte individual do todo, sem que as disciplinas estejam ligadas entre si não há uma conexão clara e objetiva suficiente para que o aluno compreenda o todo por completo, ficando a mercê do aluno ser capaz de compreender a sintonia das disciplinas e ligar as partes montando então o TODO - trabalho esse complexo para o aluno sozinho -. Por este motivo faz-se necessário que os profissionais dialoguem entre si, unindo as partes para atingir de maneira eficaz o TODO.







Vídeo-aula 1: As Revoluções Educacionais


As Revoluções Educacionais

  












Disponível em http://www.josenorberto.com.br/evo_educa.html - Acesso 21/09/2012

A primeira Revolução Educacional

A escola visa alcançar seu objetivo educacional, porém há falhas que a prejudicam de atingir sua meta. Há séculos atrás, já perceberam a importância da educação, existindo então as “casas de instrução”, mas eram para poucos, apenas uma pequena parcela da população participava, era para a Aristocracia.

A segunda Revolução Educacional

            Nesse segundo momento da educação, há uma pequena melhora em relação à primeira. Através de um Decreto do Rei Frederico Guilherme II em 1787, a educação passa a ser responsabilidade do Estado, mas ainda continua falha, já que ainda é selecionada de maneira criteriosa os que dela poderão participar: apenas meninos (as mulheres são excluídas, com a justificativa de que deveriam cuidar dos afazeres domésticos) e ainda continua sendo para a elite. Meninos com o mesmo corte de cabelo, todos de pele branca, etc... Muitos ainda são excluídos da educação. O professor continua limitando a aula dentro de uma sala, com sua mesa à frente, sobre um tablado, para mostrar sua superioridade. O mesmo se mantém em pé, enquanto os alunos sempre sentados (mais uma maneira de reforçar sua autoridade); detém também o poder de excluir do ensino, algum aluno sem maiores justificativas, bastando apresentar qualquer tipo de dificuldade ou deficiência.



Disponível em http://criticaehistoria.blogspot.com.br/2011_01_01_archive.html Acesso em 21/09/2012

A terceira Revolução Educacional

No início do século XX, iniciou-se na Europa o Processo de Universalização do acesso à educação e aqui no Brasil o mesmo se deu há 20/30 anos. A sociedade contemporânea exigia pessoas capacitadas, bem instruídas, então houve a facilitação do acesso à educação. Juntamente à educação vem a necessidade da inclusão das diferenças, não só físicas ou psíquicas, mas também econômicas, sociais, culturais, religiosas, ideológicas e de gênero. O grande desafio é conciliar a tríade = Acessibilidade /Equidade/ Qualidade, reconhecendo e identificando as diferenças e assim manter a qualidade do ensino. No entanto, o modelo de escola hoje ainda é o elaborado para o século XIX, isto é, para poucos alunos. Mas hoje, temos salas mais amplas, com número maior de alunos, onde leciono é muito complicado ministrar aulas utilizando apenas esse método de educação criada para o início do século XX, pois as crianças são outras, vivem em um mundo diferente, com novas tecnologias, então a maneira de ensinar, desenvolver habilidades deve ser diferente. Sendo assim, para atingirmos a tríade e realizarmos a inclusão completa e necessária, é preciso “Reinventar a escola” adaptando-a aos dias atuais.