sábado, 4 de maio de 2013

Vídeo-aula 28: Encaminhamentos pedagógicos na escola pública sobre a questão religiosa


Essa aula é ministrada pela professora Roseli Fischmann que aborda o tema dos encaminhamentos pedagógicos na escola pública sobre a questão religiosa.
Existe toda temática sobre a questão religiosa, como essa temática é abordada na escola pública?
Na Constituição de 1988 o ensino religioso em escolas públicas tem referência no artigo 210 – “Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais.
§ 1º - O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental.
§ 2º - O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada às comunidades indígenas também a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem”.
O parágrafo 2º é uma conquista, já que os indígenas conseguiram manter sua identidade, mantendo sua língua materna.
Na LDB 9394/96 há um artigo original que posteriormente foi alterado:
“Art. 33. O ensino religioso, de matrícula facultativa, constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, sendo oferecido, sem ônus para os cofres públicos, de acordo com as preferências manifestadas pelos alunos ou por seus responsáveis, em caráter:
I - confessional, de acordo com a opção religiosa do aluno ou do seu responsável, ministrado por professores ou orientadores religiosos preparados e credenciados pelas respectivas igrejas ou entidades religiosas; ou
II - interconfessional, resultante de acordo entre as diversas entidades religiosas, que se responsabilizarão pela elaboração do respectivo programa.”
Em 1997, temos a lei º 9475 onde altera-se o Artigo original nº 33:
Art. 33. O ensino religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo. (Redação dada pela Lei nº 9.475, de 22.7.1997)
§ 1º Os sistemas de ensino regulamentarão os procedimentos para a definição dos conteúdos do ensino religioso e estabelecerão as normas para a habilitação e admissão dos professores.
§ 2º Os sistemas de ensino ouvirão entidade civil, constituída pelas diferentes denominações religiosas, para a definição dos conteúdos do ensino religioso.”
O ensino religioso é feito pelas igrejas, pelas comunidades religiosas, ficando difícil conciliar com o legislativo. Vêm se permitindo ferir a liberdade de crença dentro da sala de aula.
Retomada, pluralidade e singularidade:
  • Identidade como construção plural, compondo a singularidade de cada ser humano.
  • Múltiplos e diversos fatores, entrelaçados como memória e projeto, compondo a identidade. (Alfred Schutz, Gilberto Velho).
  • O lugar da religião na construção da identidade: herança e eleição.

- O tema das religiões tem âmbito histórico, antropológico, sociológico, político e filosófico.
- A escolha individual de crer ou não crer se dá no âmbito da consciência, portanto é inviolável
- A diversidade religiosa garante a diferença, mas não tem haver com a desigualdade.



Vídeo-aula 27: A produção da identidade/diferença - a questão religiosa

 Essa aula é ministrada pela professora Roseli Fischmann, que aborda o tema da produção da identidade / diferença, a questão religiosa.
 A Construção de identidade e a produção da diferença.
 Singularidade e pluralidade: primeiramente devemos pensar na identidade como uma construção plural, que compõe a singularidade de cada ser humano, cada ser humano é diferente do outro por diversos aspectos, como origem familiar, local onde vive, diferentes experiências, histórias, local onde estuda, etc.
A nossa memória se estrutura, se organiza, para construirmos nosso futuro, através das bases que nossa memória nos fornece. Assim compomos nossa identidade.
A construção da identidade religiosa se compõe em dois diferentes processos: herança familiar (a família oferece um modo de crer ou não crer) ou eleição do próprio sujeito (ao crescer percebe o que acredita ou não, e passa a seguir naquilo que acredita, e nem sempre segue a herança familiar). Ninguém pode ser discriminado por ser ateu ou agnóstico. Seus valores são iguais aos valores das pessoas que possuem uma religião.
 Tema religião: âmbito histórico antropológico, sociológico, político e filosófico. Sua escolha é inviolável e a diversidade religiosa garante diferença, mas não é motivo de desigualdade.
 Em relação à religião, devemos respeitar a opinião dos outros, sua religião ou mesmo sua não religião, não podemos impor, constranger ou obrigar que mudem de religião.
            
           Como cita o artigo 5º da Constituição de 1988:

 Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
(...)
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;


      RESPEITO É FUNDAMENTAL PARA UMA BOA CONVIVÊNCIA E EXERCÍCIO DE CIDADANIA


Vídeo-aula 24: Gênero e diversidade sexual desafios para a prática docente

Essa vídeo-aula é apresentada pela professora Cláudia Vianna que inicia a aula nos lembrando que tanto as relações de gênero, quanto a diversidade sexual que delas faz parte, se constituem no campo que nós denominamos de direitos humanos. 
        
  “O Estado e suas políticas nacionais e locais interpretam e regulam várias das concepções de família, reprodução, educação, estilo de vida, muitas delas entrelaçadas com a construção das relações de gênero.” (Epstein,2000)

            Antigamente homens “lavavam” sua honra com o sangue da mulher, hoje, depois de muitas mudanças e conquistas, houve uma vitória, a lei Maria da Penha. 
Há duas dimensões do conceito de gênero que são muito importantes:
* Primeira – o gênero estabelece uma imbricação com sexualidade; gênero e sexualidade são socialmente construídos.
* Segunda - ampliação da análise nos processos de democratização da educação, com demanda dos movimentos sociais.
 Final da década de 1980 houve um grande marco que é a Constituição de 1988, gerando mudanças pós 1990: houve o aumento das políticas públicas voltadas para o tema gênero/sexualidade; várias demandas dos movimentos sociais; foi inserido nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) a temática do gênero e da sexualidade com forte ênfase no currículo. 
A professora apresenta uma pesquisa onde muitos alunos dizem não aceitar amigos homossexuais.
Muitas mudanças ocorreram ao longo dos tempos, mas ainda é um desafio fazer com que a discriminação e o preconceito com relação a homossexuais acabem. Na prática docente o professor deve realizar atividades voltadas para o tema, colaborando para o fim do preconceito, construindo uma sociedade mais justa, menos desigual.
A diferença de gênero não deve ser vista como uma desigualdade que cause a exclusão.




Vídeo-aula 23: Relações sociais de gênero um direito e uma categoria de análise


         O que significa falar em gênero hoje em dia? A professora Cláudia Vianna nos fala sobre as relações sociais de gênero, um direito e uma categoria de análise. Essa discussão nasceu nas lutas pelas igualdades sociais. 





Vídeo-aula 20: Diferentes possibilidades culturais no currículo escolar


Nessa aula o professor Cesar Rodrigues aborda o tema sobre as diferentes possibilidades culturais no currículo escolar.
Em quais lugares se dá a produção das identidades e diferenças entre discentes escolares.





Vídeo-aula 19: Relações etnicorraciais na escola


    Essa vídeo aula aborda o tema das Relações etnicorraciais na escola, quem nos ensina é o professor Cesar Rodrigues.
Inicialmente nos fala sobre o Conceito de raça por Munanga (2004): Significa sorte, categoria ou espécie, foi utilizado na zoologia e na botânica para caracterizar animais ou plantas. Com o progresso nos estudos em genética humana, biologia molecular e bioquímica afastou o conceito que diz respeito à classificação humana, criou-se escala de valores entre grupos populacionais, colocando uns com mais valores que outros. 
       Há o racismo clássico - que se alimenta da noção de raça como fundamentação, a partir dessa noção biológica de raça é que se tem todas as características dos indivíduos, inclusive morais, já  o racismo novo  -     se alimenta da noção de etnia definida como grupo cultural, categoria, etc., é utilizada essa noção de etnia em caráter mais aceitável do que a noção de raça. 
        A partir do conceito de racismo clássico e racismo novo passamos a estudar o conceito de etnia, que segundo Munanga (2004) "Conjunto de indivíduos que histórica ou mitologicamente tem um ancestral comum, uma língua em comum, religião, cultura, moram geograficamente no mesmo território. Um grupo racial pode ter várias etnias, porém, uma etnia só comporta uma raça.
        Os discursos de igualdade racial nas escolas se reflete em todos os espaços pertencentes à escola e os alunos negros sofrem as consequências fazendo prevalecer as identidades brancas privilegiando-os. Cabe a nós professores observar a existência de atitudes preconceituosas em nosso cotidiano pedagógico. Devemos realizar intervenções necessárias, oferecer um ambiente justo e igualitário, para que, consigamos oferecer igualmente tudo que se tem de uma educação que se diz democrática e cidadão. Os professores devem estar atentos às atitudes de preconceito presentes no ambiente escolar e deve se manifestar através de atitudes que amenizem ou até mesmo sane o preconceito desse ambiente que deve ser de aprendizado e respeito ao próximo. 




Vídeo-aula 16: Encaminhamentos pedagógicos: blog no ensino de ciências


Essa aula é ministrada pela professora Mônica Fogaça, aborda o tema: Encaminhamentos pedagógicos: blog no ensino de ciências.
A internet é o ambiente prioritário de grande parte dos jovens urbanos, eles exercitam uma série de práticas, utilizam linguagens, expressam sentimentos, fazem produções, assim sendo influenciados em sua identidade.
A escola precisa mapear e aprender as práticas dos jovens para que seja possível estabelecer diálogos focando "ligar" a cultura da escola (procedimentos, valores, etc.) com a dos alunos. 
          Exemplo de um projeto realizado, com objetivo de criar um blog para os alunos do 9º ano (ciência) 
Etapas:
1) Mapeamento das práticas culturais - dinâmicas apresentaram perfil em papel com foto apresentação aos coletas
2) Construção de temas culturais a partir das práticas citadas.
3) Paralelo a aula o blog com produção de textos do aluno, utilizando diferentes linguagens.
4) Negociação da prática cultural e observação de indicadores de gestão democrática - diferença entre uso de tecnologia e noção tecnocultural. 
5) Leitura constante do blog pelo professor para buscar pistas para o preparo das atividades didáticas
6) Vários tipos de atividade didáticas mais trocas de comentários nos blogs. 





Vídeo-aula 15: Produção da identidade / diferença culturas juvenis e tecnocultura


    Essa aula é ministrada pela professora que aborda o tema: A Produção da identidade/ diferença culturas juvenis e tecnocultura.
    A aula está organizada em 3 partes:

1- O que é o fenômeno da juventude.
2- Condições e discursos que produzem a identidade/"diferença" nas culturas juvenis.
3- Culturas juvenis urbanas e a importância da tecnocultura. 

  1. O que é juventude? 
- Condição natural: fenômeno programado geneticamente que dependeria de hormônio e de uma certa maturação.
- Condição cultural: depende de influências no contexto.
   Há um autor em que defende que é um fenômeno cultural, pois é resultado das condições econômicas políticas e culturais de cada época e local. Podemos comparar pessoas com a mesma idade mas em épocas diferentes perceberemos que possuem afazeres e interesses bem diferentes.
   2. Condições históricas e discurso:
- Elite na Grécia antiga (ócio): Era parcela pequena da sociedade que podia dizer que tinham comportamento juvenil. Ser jovem na Grécia antiga chegava até aos 40 anos, pois eles ficavam se preparando por muito tempo para os cargos de comando.
- Século XVII: Iniciam-se melhores condições de higiene, diminuindo a mortalidade; a imprensa é inventada e passa-se a serem publicados livros. Há um isolamento do mundo das crianças para com o dos adultos, criando-se a infância.
- 1945 e 1965: Há um crescimento dos países capitalistas, surgem leis para garantir acesso até os 16 anos. O crescimento econômico é concomitante ao crescimento das mídias e as mesmas discursam através do cinema e da televisão formas de ver o que é ser jovem, que na época era ser rebelde, usar drogas, gostar de rock, etc.
   Com o desenvolvimento das mídias, o isolamento em que dividia o mundo dos adultos e das crianças começa a ser quebrado, pois as crianças passam a ter acesso às "coisas" de adultos. Porém na verdade a mídia só divulga aquilo que já é prática em alguns grupos sociais e assim alguns jovens podem se identificar com o que vêem em suas culturas e assim desenvolvem novos comportamentos.
   A mídia realiza uma pesquisa para conhecer os grupos que existem e coletam informações e tendências que os jovens se interessarão. A escola deve aprender com a mídia, mapear qual as características dos grupos de jovens da comunidade para produzir suas práticas pedagógicas conseguindo seduzir e facilitar o diálogo, o aprendizado. Na escola a cultura do jovem ainda não é tão aceita e na verdade ela pode colaborar para despertar o interesse dos alunos pelos conteúdos a serem aprendidos.
    3. Tecno cultura:  Ao perceber os grupos de jovens podemos perceber que a maioria dos jovens urbanos tem por cultura a cibercultura (internet). Através de uma pesquisa foi possível descobrir o quanto o uso da internet e dos celulares foi crescendo nos últimos anos pelos jovens e eles dominam o seu uso e suas funções. Hoje, jovens dominam os computadores, a internet, os celulares, etc., e eles vivem um conjunto de práticas completamente diferente daquilo que vivem na prática. Os aparelhos eletrônicos dão "novos poderes" aos jovens, tais quais seres humanos não conseguem realizar. Acessa várias coisas ao mesmo tempo, falam com pessoas que estão do outro lado do mundo, aprendem outros idiomas através do contato possível com tudo do mundo inteiro.
   A escola associada a tecno cultural seria um espaço com grande potencial de trabalho democrático. A proposta é produzir um espaço de ensino aprendizagem que tenha influência sobre a formação de suas identidades por meio do uso da tecno cultura, buscando seguir o modo como elas são utilizadas pelos alunos na internet, buscando o que eles já utilizam e juntar aos conteúdos a serem ministrados, fazendo com que se dialoguem entre si.

Vídeo-aula 12: Multiculturalismo encaminhamentos pedagógicos

Nessa vídeo aula o professor Marcos Garcia Neira nos ensina sobre: Multiculturalismo: encaminhamentos pedagógicos.
Multiculturalismo: resume todas as ações que visam diminuir as desigualdades sociais, reconhecer as diferenças para que se torne possível desenvolver práticas pedagógicas, políticas culturais que vão contribuir para o reconhecimento das diferenças. 
Nossa vídeo aula se divide em dois focos:
1) Currículo Multiculturalismo orientado:
      - prestigia procedimentos democráticos;
      - reflete criticamente sobre as práticas sociais;
      - promove entrecruzamento das culturas;
      - resiste a reprodução da ideologia dominante;
      - questiona as relações de poder;
      - recorre à política da diferença: enfatiza e prioriza as diferenças, evita a homogeneização;
2) Estes elementos que caracterizam  o currículo multiculturalismo orientado influenciam práticas pedagógicas que também possuem características:
     - tematização: mesmo tema/assunto em diversas análises para que os alunos possam ter acesso sobre vários assuntos em diferentes maneiras, diferentes pontos de vista;
       - reconhecimento ao patrimônio cultural da comunidade;
       - hibridização discursiva: discurso acadêmico, científico, cultura dos alunos, etc.;
       - mecanismo de diferenciação pedagógica;
     - pedagogia do dissenso: os alunos/professores possuem suas próprias representações, se a cultura científica possui suas próprias representações nunca encontraremos um consenso, estaremos sempre em debate, então devemos orientar de maneira em que a sala de aula seja tida como encontro de posicionamentos diferentes e não um local de discórdia/briga;
       - concepção metodológica dialética: significados diferentes as diversas "coisas" do mundo; 
      - abordagem etnográfica: olhar para o tema que está sendo trabalhado e buscar suas origens, buscar o significado que a pessoa que o criou valorizou, qual o significado que ela quer transmitir.
     - registro: observamos o registro e podemos perceber se estamos caminhando na direção "correta", na direção que permitirá atingir a meta, os objetivos almejados, poderemos avaliar se os objetivos estavam dentro do possível ou não, caso não esteja poderemos realizar manobras para que o possível seja atingido.





Vídeo-aula 11: Políticas culturais, multiculturalismo e currículo


      Nessa aula o professor Marcos Garcia Neira aborda o tema: Políticas culturais, multiculturalismo e currículo.
Objeto do multiculturalismo: defendemos o multiculturalismo como uma política para inclusão social, convivência democrática e Currículo. Currículo é o caminho para alcançar um contexto social menos desigual, mais justo. Vamos raciocinar do macro para o micro, iniciaremos por políticas culturais ate chegarmos em currículo.
Tipos de Multiculturalismo por Ana Pereira - Políticas Culturais:
- Segregacionista: posicionam as pessoas na sociedade de acordo com as suas características/cargo em determinados lugares;
- Assimilacionistas: os significados atribuídos por determinados são mais interessantes, mais "corretos", enquanto os significados atribuídos por outros grupos são ditos "incorretos".
- Integracionistas: enxergam as diferenças e procuram trazê-las para o convívio dos demais;
           Tipos de Multiculturalismo por Peter Maclaren:
- Conservador ou monocultural: existe grande diversidade cultural, mas a cultura do conservador predomina, buscando homogeneizar todo o grupo;
- Liberal: existem várias culturas, mas a que sobrevive é aquela que vencerá na luta cultural;
- Pluralista: pessoas possuem identidades diferentes na sociedade democrática, devendo haver espaços para que as pessoas se expressem (datas comemorativas, divisão de recreio, etc.);
- Essencialista de esquerda: tende a posicionar as pessoas como se essa posição não se alterasse;
- Crítico/Intercultural: valorizar diferenças, reconhecer grupos e promover encontro entre eles, entre as diferenças.
Currículo: Lição de casa, uniforme, aulas, conteúdos, recreio, etc., todas essas experiências são exemplos de currículo. Quais critérios utilizamos para selecionarmos temas, conteúdos, atividades, exemplificamos algo, realizamos uma ação que cabe ao currículo, assim apresentamos aos alunos uma experiência cultural que posicionará o aluno em relação às coisas do mundo. Portanto toda a ação de elaborar a atividade tem que ser bem pensada pois estamos posicionando as pessoas de uma maneira ou de outra. 
Os currículos devem ser interculturais ou críticos, que reconheçam a diversidade, que trabalhem a diversidade cultural e valorizem os conhecimentos das culturas que frequentam as escolas para que possam ser vistas e se sentir legitimas em circulação no espaço público. 




Vídeo-aula 8: A característica multicultural da sociedade contemporânea e suas consequências para a convivência democrática.


Nessa vídeo-aula abordaremos o tema da característica multicultural da sociedade contemporânea e suas consequências para a convivência democrática.
Cenários do terceiro Milênio - características da sociedade:
* As moradias no país / diferentes situações (exemplo: favelas e mansões);
* Consumismo na sociedade contemporânea; Diferentes meios de transportes
* Povoação - grupos distintos (crianças em condições de vulnerabilidade, jovens que marcam os corpos, além de distintos outros grupos) 
No terceiro Milênio o mundo passou por uma reorganização da sua geografia, transformações trouxeram mudança no pólo econômico, trazendo transformações em nosso cotidiano. Essas transformações geraram também o surgimento neoliberalismo. Hoje temos o primeiro escalão ocupado por pessoas cuja origem se encontra em outros espaços que não foram privilegiados. Essas mudanças nos faz sentirmos pertencentes a certos grupos - "Comunidades Imaginárias" -  como diz ANDERSON (1993). 
Diferentes grupos, práticas sociais e religiosas - Convivência democrática - Deve haver um maior equilíbrio entre a identidade e a diferença. 
Consequências:
* O novo contexto democrático (neoliberalismo) provoca o contato direto com o diferente;
* Elementos geradores de conflitos;
* Homogeneização x Distinção - Há momentos em que valorizamos a igualdade, mas outros elementos do cotidiano defendem a diferença.
* Mecanismos de inclusão/exclusão - Exemplo: As escolas possuem várias propostas para que diferentes grupos possam frequentem as escolas, embora muitas vezes também provoca elementos que afasta pessoas de grupos distintos.
* Todo processo faz com que elaboremos representações sobre o Outro - aquele que pensa diferente;
         Reivindicações da diversidade:
- respeito às diferenças;
- reconhecimento das diferenças; 
- políticas inspiradas no multiculturalismo.

Vídeo-aula 7: Identidade e diferença na perspectiva dos Estudos Culturais


          Essa aula é ministrada pelo professor Mário Nunes, que nos diz sobre a identidade e diferença na perspectiva dos Estudos Culturais.
Concepções de identidade:
*Iluminismo – Rotular; Identidade pouco se desenvolve ao longo da vida - sujeito sociológico. 
*Pós moderno - condições que formam novas formas, várias identidades, sofre efeito das culturas onde inserido, sujeito é composto de várias identidades.  A construção da identidade está sempre em processo. 
* Identidade - processo de significação
A construção da identidade e a diferença dependem do modo como a sociedade produz suas classificações.
            Atribuímos valores as coisas - cada grupo social tem sua maneira diferente de classificar algo. 
As marcas que diferem uma identidade de outra, aparecem como uma forma de oposição.    Exemplos:
  • a razão e a emoção;
  • a mente e o corpo;
  • o bem e o mal;
  • o homem e a mulher;
  • o branco e o negro;
  • o sujeito civilizado e o primitivo;
  • os héteros e os homossexuais;
Ocorre valorização de um (julgado como o correto pela sociedade) em relação ao outro, uma relação de poder que determina quem está certo e quem está incorreto, a diferença é estabelecida culturalmente, cada cultura vê de uma maneira diferente. 
 Identidade e diferenças são construções culturais, e não uma essência que nasce com o sujeito. O sujeito aprende aquilo que houve, que vê em sua comunidade, podendo ser certo ou não (varia de cultura para cultura). Devemos reconhecer a todos na sua diferença e na sua capacidade de tomada de decisões para um bem coletivo. Todos devem respeitar as diferenças de cultura / identidade do outro, o importante é que almejem uma sociedade democrática e participativa, garantido a igualdade de direitos a todos.

Vídeo-aula 4: Os estudos culturais e a convivência democrática

         Nessa aula o professor Mário Nunes fala sobre os estudos culturais e a convivência democrática.
         A partir do envolvimento dos estudos culturais com as relações de poder, os mesmos contribuem para as análises dos processos de regulação e produção dos sujeitos na sociedade e particularmente nas escolas. Os estudos culturais reforçam a ideia de que a educação não pode ignorar as difíceis relações entre cultura, estado, mercado e sociedade civil que definem os significados e as metas da formação na educação. 
      Os estudos culturais rompem com a divisão clássica entre a alta cultura (cultos) e a baixa cultura (aculturados) conforme padrão estabelecido pelos que fazem parte da alta cultura.
        Na análise de estudos culturais a cultura é vista como território contestado, um ambiente de disputa por poder, um campo de luta pela definição do significado. Seu conceito deixa ter condição singular e  passa para a pluralidade. 
        Cultura:
- Movimento antropológico
- Contra movimento
- Formação Social, poder, regulação, dominação, subordinação, resistência, luta
- Alta cultura x Baixa cultura
- Cultura (s)
       A cultura não pode ser compreendida como acúmulo de saberes, de conhecimentos ou como produção estética espiritual ou intelectual, ela precisa ser compreendida e analisada a partir de sua centralidade, de seu vasto alcance na constituição de todos os aspectos da vida humana.
     A formação da identidade se dá culturalmente, passa por uma escolha pessoal, mas inescapavelmente  passa pela ação que estabelecemos com as normas, instituições, atividades e estruturas sociais que vivemos, assim o sujeito pode escolher ser professor, mas será um sujeito professor a partir das relações que estabelecer com as instituições em que convive e também de acordo com suas práticas e crenças. 
      Temos que conhecer como a cultura é regulada, como regula nossa maneira de pensar, agir,etc.. Existem 3 tipos de regulação:
* Normativa: tudo o que fazemos tem um sentido dado pelas regras de convenções construídas culturalmente;
* Sistemas Classificatórios: nossas ações são classificadas e condutas comparadas com base em uma série de categorias padrões aceitáveis ou não naquele grupo cultural 
* Novas subjetividades: são definidas através de alterações nos sistemas organizacionais em que vivemos.
     A formação cultural na escolarização, implica o reconhecimento das formas de governo dos seus sujeitos, de como atualmente como a globalização influência o modo em que os sujeitos participantes da educação pensam, sentem e agem. 



Vídeo-aula 3: A globalização e o impacto sobre as culturas

        Nessa vídeo aula o professor Mário Nunes fala sobre a globalização e o impacto causado sobre as culturas.
Roteiro da aula:
* o mundo globalizado
* o que é globalização?
* efeitos econômicos, políticos e culturais da relação global versus local
             Vivemos em um mundo no qual a tecnologia rompeu a barreira do tempo, do espaço, aproximando pessoas e povos (comunidades, sociedades distintas, etc.). Essas mudanças atravessa fronteiras em escala mundial, por exemplo, a China fabrica produtos para empresas americanas que vendem para o Brasil e outros países, os trabalhadores que fabricaram esses produtos podem voltar para suas casas e assistirem novelas brasileiras em suas televisões. Hoje nos conectamos ao mundo através das redes sociais, podemos realizar compras online, participar de empresas sem nem ao menos conhecer os diretores que a representa.                 
              A globalização pode ser definida por diversas maneiras:
* Impacto avassalador dos processos econômicos e globais, incluindo processos de produção, consumo, comércio, fluxo de capital e interdependência financeira.
* Surgimento de instituições supranacionais (Banco Mundial)
* A ascensão do Neoliberalismo como discurso político
* Surgimento de novas formas culturais, de meio e tecnologias de comunicação global

Na educação, é necessário preparar o sujeito para as mudanças que ocorrem a todo o momento no mercado.
  • Mercado de trabalho instável
  • Novas demandas no mundo do trabalho
  • Mão de obra internacional
  • Conceito de equipe como norma de organização
  • Mão de obra mais cooperativa
  • Crescente importância de produção intensiva
Efeitos da globalização:
* Mudanças nos níveis econômicos, políticos e culturais da sociedade as quais tendem reforçar uma perspectiva mais global sobre as políticas sociais. 
           Nós professores, devemos sempre auxiliar os alunos de maneira que consigam acompanhar a evolução, a globalização. Os alunos precisam saber trabalhar em grupo, de forma organizada, etc. O professor deve colaborar para despertar o interesse dos alunos para  leituras de jornais, revistas, etc., sempre mantendo-se atualizados para que tenham condições de acompanhar as mudanças do mercado.

Vídeo-aula 26: O papel da escola no processo educativo de Direitos Humanos



            Nesta vídeo-aula a professora Ainda Monteiro aborda o tema do papel da escola no processo educativo de Direitos Humanos.
            A escola é um espaço muito importante, por ser um local onde socializamos, aprendemos e distribuímos diferentes aprendizagens. Isso pode nos fazer mais solidário, mais humanos, dependendo de como trabalhamos.
A função social da escola é possibilitar muitos conhecimentos, sem retirar nossas identidades.Para se trabalhar com uma educação que tenha como finalidade o objetivo de educar para o respeito, para a defesa e o conhecimentos dos direitos, precisa ter uma intencionalidade. Não existem projetos sem direcionamentos, é direcionar o objetivo que se almeja.
Se queremos uma educação que respeite, temos que ser intolerantes com qualquer tipo de preconceito ou de discriminação. Temos que respeitar o outro da forma como ele é, os alunos precisam saber e compreender isso, mas também os professores devem respeitar a maneira de cada aluno pensar.
Desde que nascemos estamos todos os dias aprendendo.
Na escola os conhecimentos de respeito precisam estar sempre em nossas aulas. Os direitos humanos precisam ser estudados, precisamos estudar os documentos, conhecer profundamente nossos direitos e também os deveres. Para assim, podermos respeitar as diversidades e aceitar as diferenças, sendo sujeitos de direitos.
            A escola é um espaço de aprendizagem, de troca de aprendizagens e deve ser permanente, o que acontece fora da escola deve ser levado para dentro da escola de maneira a haver troca de conhecimentos e situações do cotidiano.
A escola deve trabalhar com as diferentes linguagens: música, dança, poesia, arte, etc. Trabalhar os direitos humanos em uma linguagem que as crianças entendam, mostrar para os alunos que eles são importantes, que possuem direitos e também deveres.
Escola é lugar de troca de aprendizagens, de aprender os direitos e os deveres, de aprende a ser melhor.




Vídeo-aula 25: Comitês de EDH parcerias possíveis



Essa aula é ministrada pela professora Sinara Zardo que a organiza em duas partes:
1ª Histórica da educação em direitos humanos – ações dos comitês
2ª Função dos comitês e organização dos estados e municípios.
A proposta da formação de comitês em educação e direitos humanos tem como fundamento a convenção de Viena de 1993, que trabalha da Conferência Mundial dos Direitos Humanos a educação como um elemento e uma estratégia a ser implementada em diferentes países com vistas à promoção de condições para estruturar ou se constituir uma cultura de direitos nos diversos países.
A conferência de Viena é um marco por introduzir a questão da educação dos direitos humanos e por ter o impacto na elaboração das políticas de direitos humanos dos países.
No Brasil dez anos após esta conferência em 2003, é instituído o Comitê nacional de educação em direitos humanos.
Portaria de 1998 - trabalha articulado ao governo no sentido de promover políticas públicas nos direitos humanos.
Objetivos dos Comitês:
* órgão de elaboração, implementação e monitoramento da implementação da política de EDH nos estados e municípios;
* deliberar estratégia de sua implementação aos estados e municípios;
* monitorar possíveis violações dos direitos humanos;
* instruir os sujeitos para que se tornem sujeitos de direitos;
* capacitar os profissionais para que sejam formadores de sujeitos de direitos;

            Informações adicionais podem ser obtidas a partir da leitura do Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos e do PNDH 3.