sábado, 4 de maio de 2013

Vídeo-aula 15: Produção da identidade / diferença culturas juvenis e tecnocultura


    Essa aula é ministrada pela professora que aborda o tema: A Produção da identidade/ diferença culturas juvenis e tecnocultura.
    A aula está organizada em 3 partes:

1- O que é o fenômeno da juventude.
2- Condições e discursos que produzem a identidade/"diferença" nas culturas juvenis.
3- Culturas juvenis urbanas e a importância da tecnocultura. 

  1. O que é juventude? 
- Condição natural: fenômeno programado geneticamente que dependeria de hormônio e de uma certa maturação.
- Condição cultural: depende de influências no contexto.
   Há um autor em que defende que é um fenômeno cultural, pois é resultado das condições econômicas políticas e culturais de cada época e local. Podemos comparar pessoas com a mesma idade mas em épocas diferentes perceberemos que possuem afazeres e interesses bem diferentes.
   2. Condições históricas e discurso:
- Elite na Grécia antiga (ócio): Era parcela pequena da sociedade que podia dizer que tinham comportamento juvenil. Ser jovem na Grécia antiga chegava até aos 40 anos, pois eles ficavam se preparando por muito tempo para os cargos de comando.
- Século XVII: Iniciam-se melhores condições de higiene, diminuindo a mortalidade; a imprensa é inventada e passa-se a serem publicados livros. Há um isolamento do mundo das crianças para com o dos adultos, criando-se a infância.
- 1945 e 1965: Há um crescimento dos países capitalistas, surgem leis para garantir acesso até os 16 anos. O crescimento econômico é concomitante ao crescimento das mídias e as mesmas discursam através do cinema e da televisão formas de ver o que é ser jovem, que na época era ser rebelde, usar drogas, gostar de rock, etc.
   Com o desenvolvimento das mídias, o isolamento em que dividia o mundo dos adultos e das crianças começa a ser quebrado, pois as crianças passam a ter acesso às "coisas" de adultos. Porém na verdade a mídia só divulga aquilo que já é prática em alguns grupos sociais e assim alguns jovens podem se identificar com o que vêem em suas culturas e assim desenvolvem novos comportamentos.
   A mídia realiza uma pesquisa para conhecer os grupos que existem e coletam informações e tendências que os jovens se interessarão. A escola deve aprender com a mídia, mapear qual as características dos grupos de jovens da comunidade para produzir suas práticas pedagógicas conseguindo seduzir e facilitar o diálogo, o aprendizado. Na escola a cultura do jovem ainda não é tão aceita e na verdade ela pode colaborar para despertar o interesse dos alunos pelos conteúdos a serem aprendidos.
    3. Tecno cultura:  Ao perceber os grupos de jovens podemos perceber que a maioria dos jovens urbanos tem por cultura a cibercultura (internet). Através de uma pesquisa foi possível descobrir o quanto o uso da internet e dos celulares foi crescendo nos últimos anos pelos jovens e eles dominam o seu uso e suas funções. Hoje, jovens dominam os computadores, a internet, os celulares, etc., e eles vivem um conjunto de práticas completamente diferente daquilo que vivem na prática. Os aparelhos eletrônicos dão "novos poderes" aos jovens, tais quais seres humanos não conseguem realizar. Acessa várias coisas ao mesmo tempo, falam com pessoas que estão do outro lado do mundo, aprendem outros idiomas através do contato possível com tudo do mundo inteiro.
   A escola associada a tecno cultural seria um espaço com grande potencial de trabalho democrático. A proposta é produzir um espaço de ensino aprendizagem que tenha influência sobre a formação de suas identidades por meio do uso da tecno cultura, buscando seguir o modo como elas são utilizadas pelos alunos na internet, buscando o que eles já utilizam e juntar aos conteúdos a serem ministrados, fazendo com que se dialoguem entre si.

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