quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Vídeo-aula 28: Depressão na infância e adolescência


A professora Paula Fernandes leciona sua última aula da disciplina Saúde na Escola trazendo informações sobre a depressão na infância e adolescência.
Durante muito tempo as crianças não eram afetadas pela depressão, hoje em dia são tão afetadas quanto os adultos. A depressão interfere na vida diária da criança, nas suas relações sociais e acadêmicas.
O número de crianças afetadas com a depressão aumenta junto com a idade, já que as crianças em idade pré-escolar representam 1% das crianças depressivas, já as em idade escolar representam de 2 - 4% e os adolescentes são de 5 – 8%. Na adolescência as meninas são o maior número de depressivas, já na infância é similar entre ambos os sexos.
A depressão é definida por: um transtorno de humor ou afeto, sentimento de tristeza profunda, associado com sintomas fisiológicos e cognitivos na pessoa. Para que seja comprovada a depressão é necessário que um conjunto de situações prevaleça por mais de um mês consecutivo, pois as vezes sentimos tristeza por algo que ocorreu, mas logo passará, já a depressão persiste por um tempo maior. Os sintomas são: humor deprimido, perda de interesse e prazer por atividades que lhe eram prazerosas, diminuição da energia, grande falta de ânimo que afeta a vida da pessoa.
As causas são variáveis, pode ser por motivos: Biológicos – genética, estrutura e química do cérebro; Psicológicas – stress, trauma, desamparo, forma de perceber e de lidar com o mundo; Sócio-culturais – papéis, expectativas, suporte social.
Fatores de risco: Pessoas com história familiar de depressão, sexo feminino, episódios anteriores de depressão, acontecimentos estressantes, dependência de droga, violência doméstica, elevada exigência acadêmica.
É preciso estar atento ás crianças, os sintomas são: tristeza, falta de motivação, solidão, humor deprimido – irritável ou instável, mudanças súbitas de comportamento – explosão de raiva, brigas, mudança de apetite/peso, dificuldade em divertir-se, queixas: tédio ou “sem nada para fazer”, preferência por atividades solitárias, queixas físicas: cansaço, falta de energia, dores de cabeça, dores de barriga, insônia, pensamentos recorrentes de morte, ideias e planejamento de suicídio. Também é preocupante quando a criança se culpa sobre algo, preocupações, choro excessivo, hipoatividade, fala em ritmo devagar, de forma monótona, monosssilábica.
Na escola os principais sintomas são: queda do rendimento escolar, a falta de concentração, perda de interesse pelas atividades, falta de motivação, pensamento lentificado, irritabilidade, choro fácil, isolamento na sala de aula e no recreio e dificuldades nos processos cognitivos.
A conseqüência da depressão na infância é o comprometimento funcional e social da criança e do adolescente: recorrência na idade adulta.
O tratamento pode ser através de medicamentos, psicoterapia, suporte familiar e psicoeducação: rede de apoio social dos amigos, escola, família.
Nós professores devemos estar atentos aos sintomas da depressão em nossos alunos, os aspectos importantes a atentar são: identificar os antecedentes do episódio depressivo, minimizar o impacto negativo dos sintomas depressivos, aumentar a eficácia dos esforços de soluções de problemas, a pessoa precisa aprender habilidades para lidar com problemas futuros.  
Devemos colaborar com a inserção da criança na vida social, na escola, sala de aula e família. Somente assim conseguiremos colaborar para a diminuição da depressão e a criança consiga crescer de maneira saudável.


Vídeo-aula 27: Stress e ansiedade na infância e na adolescência


O stress infantil é causado por fatores internos e externos: os fatores internos são características de personalidade, pensamentos e atitudes da criança diante das situações da vida diária, depende da maneira que ela percebe a si mesma e o mundo à sua volta, alem da ansiedade, depressão, desejo de agradar, medo do fracasso, preocupação com mudanças físicas, dúvidas quanto a sua capacidade, interpretações amedontradoras, etc. Os fatores externos acontecem devido mudanças significativas, responsabilidades e atividades em excesso, brigas ou separação dos pais, perdas, disciplina confusa dos pais, nascimento de irmãos, doença e hospitalização, troca de professora ou de escola, pais ou professores estressados, medo do pai alcoolista, etc.
O stress quando não é tratado traz conseqüências, podendo desencadear asma, úlceras, alergias, distúrbios dermatológicos, diarréia, tiques nervosos, dores abdominais, baixa imunidade, hipertensão arterial, obesidade, bronquite, etc.  
O stress e a ansiedade ocorrem diferentemente em cada individuo, já que por exemplo, uma criança de 4 anos pode ter maior facilidade em aceitar algum fato do que uma criança de 7 anos, cada individuo reage de uma maneira e uma situação pode ou não ser estressante para uma criança em estágio de desenvolvimento emocional, existem crianças praticamente invulneráveis com questões da vida, e outras são muito sensíveis a maneira como a criança lida com seu stress e sua ansiedade vai determinar sua resistência às tensões da vida adulta.
Qual o papel de nós professores para evitar o stress infantil? Devemos conhecer e conversar com os nossos alunos, motivá-los para as aulas, incentivar os alunos a fazerem perguntas, escutá-los sem criticas ou julgamentos, promover autoconfiança nos alunos, respeitar o ritmo de cada aluno, promover atividades em grupos, atividades calmas (relaxamento), etc.
Devemos estar atentos, já que os professores são modelos para as crianças, se transmitirmos nosso stress e ansiedade para os alunos eles captam e são prejudicados. É necessário estarmos atentos e colaborar para minimizar o stress das crianças.


Vídeo-aula 26: Uh-Batuk-Erê Uma ação de comunidade


O professor Edson nos traz uma experiência realizada em uma escola através de um projeto que foi criado após ser percebido que os alunos tinham dificuldade em dar opiniões, de se colocar na relação ensino aprendizagem, e foi possível perceber que os alunos tinham uma baixa auto-estima, e até mesmo uma distorção de identidade que gerava certo preconceito na sala de aula, etc.
Vários professores se reuniram e também alguns alunos para tentar solucionar a situação citada anteriormente. Perceberam que deveriam trabalhar as diversas etnias encontradas no povo brasileiro.
Criaram então o projeto: Uh-Batuk-Erê. Dentro desse projeto colocaram 5 frentes como essências que são: encontros de formação, oficinas (percussão, dança, capoeira, artesanato,etc.), fóruns (carta esmeralda), trilhas culturais e de observação e o protagonismo.
A partir dos encontros de formação os alunos passaram a ter idéias, lendo textos, livros etc., assim conseguiam opinar melhor em relação a diferentes temas.
Com as oficinas eles produzem e expressão de ideias e sentimentos.
Os Fóruns passaram a ter participação dos pais e da comunidade, trazendo cada vez mais situações reais que a comunidade estava vivenciando (falta de saneamento básico, violência, etc.) Criaram uma carta, chamada carta esmeralda, que seria entregue aos órgãos competentes para tomarem alguma medida para solucionar o problema da comunidade.
As trilhas culturais são para que os alunos vivenciassem as regiões culturais da cidade e comparassem com sua região o que poderia ter de cultural para a sociedade local e solicitar o possível aos órgãos competentes. As trilhas de observação são para os alunos observar e documentar o que falta de infra-estrutura na região local e encaminhar aos órgãos competentes solicitando as melhorias necessárias.
As apresentações são dividas em internas e externas. As internas é dentro da escola entre eles, e as externas são para levar a experiência vivida nessa escola, nessa comunidade e levar para outras comunidades perceberem o quão é possível melhorias das situações vividas.
E também temos o protagonismo, onde o aluno participa ativamente de todas as oficinas e decisões. Eles têm as ideias, eles participam das oficinas, eles que documentam as melhorias necessárias, etc. Assim os alunos passaram a ter papel ativo na sociedade, havendo um importante diálogo entre a ação e o sentimento. Os alunos perceberam que as mudanças dependem também deles, do esforço da comunidade, melhorando muito o preconceito que era vivenciado e passaram a ocupar o tempo e a mente com bons sentimentos, afastando os jovens da violência, das drogas, etc.
O projeto ganhou muitos prêmios, já que realmente é uma ação importante para uma comunidade, colaborando com o papel ativo dos alunos na sociedade e também reforçando os direitos humanos.


Vídeo-aula 25: Relações com as comunidades e a potência do trabalho em rede


A professora Patrícia Gandino aborda o assunto: As Relações com as comunidades e a potência do trabalho em rede ressaltando a importância de considerarmos alguns aspectos da contemporaneidade. Vivemos em um tempo de fragmentação, onde a realidade é multifacetada e impõe alguns efeitos sobre as pessoas. A contemporaneidade é um tempo de paradoxos, já que é possível perceber no cotidiano algumas tensões onde dificilmente se conhece a maneira de como resolvê-los.
Nos últimos 35 anos houve notáveis descobertas e progressos científicos e também progressão de vida; se compararmos com algum tempo atrás nota-se que as tecnologias eram limitadas, poucos possuíam, enquanto hoje, acompanhamos todos os acontecimentos em tempo real, mesmo que seja algo que esteja ocorrendo em um país distante. Porém esse rápido crescimento econômico não tem garantido a equidade social, não eleva a condição de todos os habitantes.

Cultura de massa X Cultura local: tornar-se cidadão do mundo sem perder referências e pertencimento a comunidade de origem.



Tradição X Modernidade: construir sua autonomia em dialética com a liberdade e a evolução do outro e dominar o progresso científico. A professora cita a importância de valorizar e transmitir valores de geração em geração.





Competição X Igualdade de oportunidades: conciliar a competição que estimula, a cooperação que reforça e a solidariedade que une.


Trabalho em Rede

Objetivos:
·        potencializar os recursos da comunidade
·        fortalecer a implicação de diferentes atores de uma comunidade
·        problematizar as questões emergentes da comunidade de modo coletivo
·        identificar estratégias de enfrentamento compartilhadas

É uma forma de realizar ações que favoreçam a comunidade, através de estratégias, contribuindo para a solução das tensões contemporâneas. 

Vídeo-aula 24: Mídia e comportamento


A professora Lilia Freire nos transmite informações sobre mídia e comportamento.
A Infância e a adolescência são períodos de grandes mudanças, físicas e psíquicas, é um período dinâmico onde se estabelecem atitudes, conceitos e valores, se formam condutas e é o período que constitui maior vulnerabilidade a influências externas.
 A socialização é o processo através do qual o ser humano interioriza valores, crenças, atitudes e normas de conduta que são próprios de seu grupo social ou sociedade, incorporando-os à sua personalidade.
A mídia constitui um importante meio de socialização pelo seu acesso universal, sem deslocamento e pela sua eficiência. Nos referimos a mídia quando falamos da televisão, celular, computador, rádio, cinema, impressos, etc.
Os adolescentes assim como os adultos acreditam que a mídia influencia a todos, menos a si mesmo.
 As crianças são influenciadas pela mídia, já que elas aprendem por observação, imitação e pelas suas próprias atitudes. Atitudes e comportamentos agressivos são aprendidos pela imitação de modelos observados. As crianças menores de 8 anos não diferenciam a fantasia da realidade e são mais vulneráveis.
O excesso de mídia a crianças abaixo de 2 anos está relacionado com atraso do desenvolvimento psicomotor, precoce de sexualidade, violência, transtornos alimentares, problemas escolares e uso de drogas. A mídia está relacionada com a violência, já que a criança verá muitas cenas de violência e na maioria das vezes o herói apresenta violência para resolver os problemas. Assim a criança passa a achar normal utilizar a violência para resolver seus problemas, também tendem a ter insônia (medo de dormir); a sexualidade também é intensa no horário nobre no qual as crianças estão assistindo televisão. Os pais devem monitorar o acesso das crianças na internet.
Os pais precisam instruir os filhos, e a escola também deve discutir sobre a auto-estima, interação e sentimento envolvido na sexualidade do individuo.
A mídia está se tornando cada vez mais interessante e fazendo com que a criança tenha menos contato físico com os colegas, o que prejudica o desenvolvimento social do individuo.
O videogame tem uma participação ativa do individuo o que resulta no aumento do aprendizado, por outro lado aumenta a violência se a criança jogar jogos violentos. O videogame pode viciar a criança nos jogos, prejudicando o rendimento nas demais atividades.
Os professores devem educar sobre mídia, renovar ideias para seu uso, atentar os pais para os perigos da mídia, utilizar com cautela e de maneira a ajudar.    


Vídeo-aula 23: Uso de substâncias psicoativas


Professora Renata Azevedo nos ministra a aula sobre o uso de substâncias psicoativas.
Substâncias psicoativas são licitas e ilícitas, elas agem de diferentes formas em nosso cérebro, os adolescentes preocupam mais ainda em seu uso das substâncias, já que misturam diferentes substâncias podendo causam desordenamento cerebral.
O uso de drogas tem crescido muito nos últimos anos e isso é muito preocupante, por que será que nossa sociedade está pensando em se divertir e conecta a diversão a alteração de si? Esse é um fator importante em que os professores e pais devem trabalhar com seus alunos/filhos. Outra grande preocupação é em relação à idade média da experimentação de substâncias psicoativas que tem sido cada vez menor, então há mais crianças e cada vez menores utilizando essas substâncias, as chances de se viciarem e continuarem a utilizar das substancias é bem maior. O rendimento escolar cai muito, a criança liga o uso a violência, etc.
Porque será que as pessoas continuam utilizando essas substancias mesmo sabendo que é muito danoso seu uso? A professora nos diz que a curiosidade é a principal razão pela qual adolescentes iniciam o uso de substâncias psicoativas. Os pais e professores devem orientar as crianças e adolescentes sobre o que são as substâncias, quais riscos trazem, etc. Os pais devem pensar no consumismo como um todo e o seu próprio uso de consumo de álcool, tabaco, etc.
Se necessário devemos pedir ajuda a um especialista do assunto para ajudar o adolescente, adulto, etc. Mas o mais importante é não usar, se ocorrer é não viciar, e por último recorrer a ajuda para conseguir se libertar desse vicio.


Vídeo-aula 22: Lazer, juventude e esportes


Nessa Vídeo Aula o professor Ricardo nos traz o tema de lazer, juventude e esportes.              
Nos dias atuais vem ocorrendo um grande apego às mídias de massa, principalmente a televisão. É importante os jovens desenvolverem esportes, tanto como espectador como praticante.
        Há diversos grupos dentro do esporte, influenciando as vestes, o jeito de falar, as músicas que escutam, etc. Os esportes radicais vem crescendo muito entre os jovens.
            Muitos jovens passam a gostar e praticar esportes, podendo perdurar pela vida toda e até mesmo influenciar na vida de lazer da família, unindo a família através desse esporte.
        As escolas podem e devem influenciar o esporte, podem até realizar adaptações necessárias para que possam simular um esporte que não tem como ser desenvolvido dentro da escola (como por exemplo o surf). Essa influência colabora com a socialização dos alunos, cooperação, saúde, entre muitos outros benefícios.



Vídeo-aula 21: Lazer, cultura e elementos comunitários


Nessa aula o professor Ricardo aborda o tema de Lazer, cultura e elementos comunitários, falando da importância do lazer como uma esfera social e a relação do lazer com a comunidade. Esse entendimento do lazer é muito importante quando se diz respeito à questão da educação comunitária e as relações com a comunidade.
Lazer pode ser de diferentes maneiras, ativo ou passivo, depende do gosto da pessoa, o que ela se sente melhor fazendo.
O Lazer possui diversos conceitos, um deles é de Henderson (2001), onde cita três itens que dizem respeito ao lazer: tempo, atividade e estado da mente.
Já Dumazedier (1980), afirma que é o conjunto de ocupações às quais o indivíduo pode entregar-se de livre vontade, seja para repousar-se, divertir-se, entreter-se ou ainda para desenvolver sua formação desinteressada, sua participação social voluntária ou sua livre capacidade criadora, após livrar-se ou desembaraçar-se das obrigações profissionais, familiares e sociais.
Dumazedier ainda diz sobre o lazer = 3 D’s – Descanso, Divertimento e Desenvolvimento. Lazer é ligado também a emoções, sentimentos, etc.
Este lazer é divido em:

* INTERESSES ARTÍSTICOS;
* INTERESSES SOCIAIS;
* INTERESSES FÍSICOS;
* INTERESSES TURÍSTICOS;
* INTERESSES LAZER   
* ESPECÍFICOS: São aqueles construídos para a finalidade do lazer.
* NÃO ESPECÍFICOS: São equipamentos que não foram construídos para serem como lazer, mas podem cumprir essa função. Exemplo: Lar, ruas e escolas.
            O porte dos equipamentos específicos podem ser:
*MICRO EQUIPAMENTOS – Exemplo: ACADEMIAS, BIBLIOTECA, etc.
*POLIVALÊNCIA DIRIGIDA – Exemplo: CLUBES.
* MACRO POLIVALÊNCIA DE LAZER – Exemplo: PARQUE TEMÁTICO.
            É importante estimular a criação de equipamentos para o lazer, e também a criação de possibilidades dos equipamentos não específicos passarem a ter função de lazer. As escolas podem criar projetos onde possibilitará equipamentos não específicos a fazerem a função de lazer.



Vídeo-aula 20: Bullying


Bullying é um comportamento agressivo entre estudantes, são atos de agressão física, verbal ou moral que ocorrem repetidas vezes, sem motivação evidente, realizado por vários estudantes contra um outro.
As vítimas por muitas vezes não pedem ajuda por medo dos agressores, por acreditar na impunidade dos mesmos, as testemunhas do ocorrido por muitas vezes minimizam a situação e não tomam atitudes diante do problema.
Também há o cyberbullying, onde difamam a vítima na rede social, geralmente acompanha o bullying da escola, é um complemento para aumentar a agressão à vitima.
Os agressores apelidam, discriminam, excluem, perseguem, etc. Prejudicando a vitima, podendo até mesmo a chegar a abandonar os estudos.
Os casos mais graves devem ser encaminhados para um especialista, tanto o agressor, quanto a vitima.
O professor deve estar atento para ajudar o aluno que está sofrendo de bullying, devemos estimular o conhecimento sobre esse assunto, promovendo debates em sala de aula, criando um comitê anti bullying, etc. Visando a diminuição e até mesmo a ausência da prática do bullying na sala de aula e na escola.


Vídeo-aula 19: Violência nas escolas


A professora Lilia Freire do departamento de pediatria nos traz informações sobre a violência nas escolas.
A fase da adolescência é um momento de muita vulnerabilidade e risco, ocorrem muitas mudanças físicas, biológicas, cognitivas, emocionais e se decide padrões de comportamento. Suas possíveis trajetórias estão intimamente relacionadas com as vivências e aprendizados ocorridos na infância.
Os problemas psicológicos e comportamentais podem ocorrer dentro de 3 tipos: abuso de substâncias, problemas de internalização – manifestado por meio de pertubações emocionais e cognitivas como depressão e ansiedade, problemas de externalização – manifestado por meio de problemas comportamentais ou de atuação sendo o problema mais comum o comportamento delinquente.
Quando falamos em desvio de conduta nos referimos ao transtorno caracterizado por um padrão de comportamento anti-social repetitivo e persistente em crianças e adolescentes; às vezes classificado como psico-social, às vezes como psicopatológico; inclui desobediências, birras, brigas, destrutibilidade, mentira e roubo. É o problema mental mais comum na infância e na adolescência: 7% em meninos e 3% em meninas.
A agressão física na infância é um problema de saúde pública, crianças agressivas são de grandes riscos de se tornarem adolescentes e adultos violentos. A agressão física é um precursor de problemas mentais na vitima e no agressor (abuso de álcool e drogas, acidentes, crimes violentos, tentativa de suicídio, relações abusivas, paternidade negligente e abusiva).
Nossa estatística brasileira de infratores na infância que são privados de liberdade cresceu muito nos últimos 10 anos, principalmente no Nordeste e Norte.
Alguns fatores de risco para as crianças se tornarem violentos, infratores são: famílias disfuncionais, doenças mentais nos pais, pobreza, fracasso escolar, desemprego, pobres redes de apoio e de relacionamentos, perda de pessoas significativas da família por meio violentos, etc.
Os meninos são mais propensos a se envolver com violência e delinquência e as meninas adolescentes são tão propensas quanto os meninos a bater em membros da família.
Nós professores devemos estar atentos com comportamentos inadequados, às vezes a criança pode estar querendo chamar a atenção para seu problema, devemos buscar interagir com a criança/adolescente e descobrir o que está havendo e tentar ajudar o aluno de alguma maneira, mesmo que com uma conversa, dando apoio etc.


Vídeo-aula 18: A valorização da cultura corporal da comunidade no currículo escolar


O Professor Mário Neira nos fala sobre a cultura corporal da comunidade no currículo escolar. Inicialmente nos diz sobre a cultura corporal que é toda a produção simbólica que envolve as práticas corporais, as brincadeiras, as danças, o esporte, etc. Todos os grupos culturais também possuem uma parte da cultura que se refere às práticas corporais e atribuem significados específicos a essas práticas corporais.
Cultura e Cultura Corporal:
  • Concepção dos estudos corporais
  • Movimento x Gesto
  • Produção da gestualidade – O gesto é um movimento com significado.
  • Textos corporais - O movimento quando está dentro da brincadeira, da dança, do esporte, esse movimento tem como intenção comunicar, ele está dentro de um texto, um texto da cultura corporal.
A produção da gestualidade está sempre relacionada ao sentido que a prática corporal tem em determinada comunidade, cada grupo social produz uma gestualidade que lhe permite veicular os significados de mundo. Exemplo: Se imaginarmos um grupo andando de skate, imaginaremos uma determinada vestimenta, estilo especificado, etc.
Andar de skate, jogar futebol, brincar de amarelinha são textos da cultura corporal. 
Para trazermos essas questões para dentro do currículo devemos considerar alguns elementos, alguns princípios, o professor trouxe 4 deles para nos apresentar:
·    Enraizar as identidades: como que sabemos se determinadas práticas corporais tem sentido naquela comunidade, já que a sociedade é multicultural, possue diferentes grupos, sendo assim devemos estar atentos às quais práticas corporais estão enraizadas, quais irão “atrair” o público alvo.
·     Justiça curricular: equilibrar dentro do currículo as práticas corporais que representam todos esses grupos culturais. Brincadeiras do presente e do passado, práticas esportivas internacionais e nacionais, etc.
·    Evitar o daltonismo cultural: a escola precisa reconhecer o arco-íris de culturas. Proporcionar a experiência cultural corporal a todos. E as práticas corporais devem ser pertinentes a todos, considerando as diferenças.
·    Ancoragem social dos conteúdos: na perspectiva cultural todas as brincadeiras devem estar ancoradas socialmente. As práticas corporais devem ser selecionadas pelo professor tendo em vista a existência dessa prática cultural do lado de fora da escola.

Cultura corporal é um patrimônio e precisa ser estudado dentro da escola, precisa ser entendido, apreciado, compreendido. O que nos leva a algumas orientações didáticas:
·    Mapeamento da cultura corporal: devemos identificar quais são as experiências culturais corporais que as pessoas da escola acessam. A partir desse mapeamento vamos selecionar as práticas corporais que serão trabalhadas no currículo. Devemos trabalhar com artefatos da cultural corporal, como por exemplo, o pião.
·    Ressignificação das práticas corporais: as crianças na sala de aula compõem uma microsociedade multicultural, um sabe brincar melhor, outro menos, outros tem pião diferentes, etc. Esse pião é ressignificado de várias maneiras.
·    Aprofundamento dos conhecimentos: o pião passou a ser um produto de pesquisa, sobre os significados do pião, eu teve ou tem em determinados grupos.
·    Ampliação: Fizeram uma pesquisa e descobriram que crianças indígenas brincam de outra maneira com o pião, foi ampliado o significado ao redor desse artefato para as crianças.
Estudaram algo que apareceu no mapeamento do local, identificando uma relação identitária entre a cultura corporal da comunidade e a experiência curricular, na sequência aprenderam diferentes maneiras de jogar pião e atribuíram significado àquela experiência cultural que está ao redor deles.
O filme “Como estrelas na Terra” tem um momento em que reflete a cultura corporal, “movimento dentro da brincadeira, esporte, dança”... que retrata muito bem esse sentido da vídeo-aula. 

                                          *  Faixa de 1h11min à 1h17min.


Vídeo-aula 17: Transformações sociais, currículo e cultura


O professor Marcos Neira nos fala sobre Transformações sociais, currículo e cultura e o objetivo da aula é procurar uma interrelação entre esses três elementos que influenciam nossa prática, nosso pensamento, o trabalho pedagógico com os nossos alunos. Um dos elementos principais em nossa discussão são as mudanças das cidades nos últimos tempos, há outras mudanças além das quais iremos falar, mas o que nos interessa hoje é pensar nesses elementos como influência na sala de aula.
Transformações sociais e a função social da escola:
·         Globalização – Hoje, há produtos culturais que usamos, porém foram produzidos em outros espaços.
·         Contexto Democrático – Hoje temos um público diferente de antigamente, como a inclusão, além de temos participação de movimentos sociais, outros grupos como: mulheres, analfabetos, etc. O conceito de cultura que trabalhamos hoje em dia nos faz perceber que estamos em uma sociedade multicultural.
·         Sociedade Multicultural – Uma sala de aula é um contexto multicultural, além de uma família também ser.
·         Função Social da Escola – ela garantirá uma experiência social, é preciso selecionar elementos para inserir dentro da experiência escolar, essa experiência vem sido conhecida como currículo. O Currículo é toda experiência proposta pela escola ou a partir dela.

Na teorização curricular contemporânea a maioria dos textos vem dividindo as teorias curriculares em três grandes grupos, que são:
·         Teorias Tradicionais – objetivam recortar um pedaço da cultura considerada válida, importante por parte de alguns grupos e fazer com que essa cultura chegue até os alunos.
·         Teorias Críticas – Aproximadamente nos anos 60, as teorias tradicionais passaram a ser questionadas, defendendo a ideia de que a experiência escolar era uma das maneiras em manter a sociedade dividida em classes sociais. Esses autores ficaram conhecidos como autores das teorias crítico-reprodutivistas. A partir daí começamos a conhecer as teorias que colocavam em cheque os conhecimentos que iam para dentro do currículo.
·         Teorias Pós-Críticas – Não são somente as questões de classe que interferem nessa lição de conteúdos, quando selecionamos qualquer teoria para colocá-la na escola, ela está impregnada em questão de classe, de etnia, de moradia, de faixa etária, etc.

Cultura – Diferentes definições:
·         Cultuar, cultivar (Grécia Antiga)
·         Estado de Espírito (França, Século XVIII)
·         Associada à razão e civilização (Iluminismo)
·         Fator de identidade nacional (Alemanha, Século XIX)
·         Modo de produção de classe (Inglaterra, Século XIX)

No século XX, graças a alguns antropólogos que o conceito de cultura – chegou hoje ao que se pensa.
Cultura, o olhar da Antropologia:
·         Evolucionista: (Tylor)
·         Relativista: (Boas)
·         Funcionalista (Malinowiski)
·         Sistêmica (Durkheim)
·         Interpretativa (Geertz)

Estudos culturais - A partir dos anos 50 um conjunto de teóricos e investigadores vem discutindo um diferente conceito de cultura, cultura enquanto campo de lutas para validação dos significados.
Cultura, o olhar dos estudos culturais:
·         Campo de lutas
·         Incorporação
·         Distorção
·         Resistência
·         Negociação

As lutas simbólicas se dão por quatro caminhos: incorporação, distorção, resistência e negociação. A cultura nesse campo de luta apresenta distorções, e também apresenta resistência, resistem à aceitação das diferentes ideias, etc.
As representações de mundo que circulam na cultura erudita são negadas pela cultura popular. Mas há negociações, como por exemplo o futebol que era apenas da burguesia e passou a ser diversão de todos, já o carnaval que era das camadas populares passou a ser também incorporado pela elite.
É importante trabalhar dentro da escola e na sala de aula as diversidades culturais, a importância da globalização e as transformações que ocorrem na sociedade.