quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Vídeo-aula 28: Depressão na infância e adolescência


A professora Paula Fernandes leciona sua última aula da disciplina Saúde na Escola trazendo informações sobre a depressão na infância e adolescência.
Durante muito tempo as crianças não eram afetadas pela depressão, hoje em dia são tão afetadas quanto os adultos. A depressão interfere na vida diária da criança, nas suas relações sociais e acadêmicas.
O número de crianças afetadas com a depressão aumenta junto com a idade, já que as crianças em idade pré-escolar representam 1% das crianças depressivas, já as em idade escolar representam de 2 - 4% e os adolescentes são de 5 – 8%. Na adolescência as meninas são o maior número de depressivas, já na infância é similar entre ambos os sexos.
A depressão é definida por: um transtorno de humor ou afeto, sentimento de tristeza profunda, associado com sintomas fisiológicos e cognitivos na pessoa. Para que seja comprovada a depressão é necessário que um conjunto de situações prevaleça por mais de um mês consecutivo, pois as vezes sentimos tristeza por algo que ocorreu, mas logo passará, já a depressão persiste por um tempo maior. Os sintomas são: humor deprimido, perda de interesse e prazer por atividades que lhe eram prazerosas, diminuição da energia, grande falta de ânimo que afeta a vida da pessoa.
As causas são variáveis, pode ser por motivos: Biológicos – genética, estrutura e química do cérebro; Psicológicas – stress, trauma, desamparo, forma de perceber e de lidar com o mundo; Sócio-culturais – papéis, expectativas, suporte social.
Fatores de risco: Pessoas com história familiar de depressão, sexo feminino, episódios anteriores de depressão, acontecimentos estressantes, dependência de droga, violência doméstica, elevada exigência acadêmica.
É preciso estar atento ás crianças, os sintomas são: tristeza, falta de motivação, solidão, humor deprimido – irritável ou instável, mudanças súbitas de comportamento – explosão de raiva, brigas, mudança de apetite/peso, dificuldade em divertir-se, queixas: tédio ou “sem nada para fazer”, preferência por atividades solitárias, queixas físicas: cansaço, falta de energia, dores de cabeça, dores de barriga, insônia, pensamentos recorrentes de morte, ideias e planejamento de suicídio. Também é preocupante quando a criança se culpa sobre algo, preocupações, choro excessivo, hipoatividade, fala em ritmo devagar, de forma monótona, monosssilábica.
Na escola os principais sintomas são: queda do rendimento escolar, a falta de concentração, perda de interesse pelas atividades, falta de motivação, pensamento lentificado, irritabilidade, choro fácil, isolamento na sala de aula e no recreio e dificuldades nos processos cognitivos.
A conseqüência da depressão na infância é o comprometimento funcional e social da criança e do adolescente: recorrência na idade adulta.
O tratamento pode ser através de medicamentos, psicoterapia, suporte familiar e psicoeducação: rede de apoio social dos amigos, escola, família.
Nós professores devemos estar atentos aos sintomas da depressão em nossos alunos, os aspectos importantes a atentar são: identificar os antecedentes do episódio depressivo, minimizar o impacto negativo dos sintomas depressivos, aumentar a eficácia dos esforços de soluções de problemas, a pessoa precisa aprender habilidades para lidar com problemas futuros.  
Devemos colaborar com a inserção da criança na vida social, na escola, sala de aula e família. Somente assim conseguiremos colaborar para a diminuição da depressão e a criança consiga crescer de maneira saudável.


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