O professor Edson nos traz uma experiência
realizada em uma escola através de um projeto que foi criado após ser percebido
que os alunos tinham dificuldade em dar opiniões, de se colocar na relação
ensino aprendizagem, e foi possível perceber que os alunos tinham uma baixa
auto-estima, e até mesmo uma distorção de identidade que gerava certo
preconceito na sala de aula, etc.
Vários professores se reuniram e também
alguns alunos para tentar solucionar a situação citada anteriormente.
Perceberam que deveriam trabalhar as diversas etnias encontradas no povo
brasileiro.
Criaram então o projeto: Uh-Batuk-Erê. Dentro
desse projeto colocaram 5 frentes como essências que são: encontros de
formação, oficinas (percussão, dança, capoeira, artesanato,etc.), fóruns (carta
esmeralda), trilhas culturais e de observação e o protagonismo.
A partir dos encontros de formação os alunos
passaram a ter idéias, lendo textos, livros etc., assim conseguiam opinar
melhor em relação a diferentes temas.
Com as oficinas eles produzem e expressão de
ideias e sentimentos.
Os Fóruns passaram a ter participação dos
pais e da comunidade, trazendo cada vez mais situações reais que a comunidade
estava vivenciando (falta de saneamento básico, violência, etc.) Criaram uma
carta, chamada carta esmeralda, que seria entregue aos órgãos competentes para
tomarem alguma medida para solucionar o problema da comunidade.
As trilhas culturais são para que os alunos
vivenciassem as regiões culturais da cidade e comparassem com sua região o que
poderia ter de cultural para a sociedade local e solicitar o possível aos
órgãos competentes. As trilhas de observação são para os alunos observar e
documentar o que falta de infra-estrutura na região local e encaminhar aos
órgãos competentes solicitando as melhorias necessárias.
As apresentações são dividas em internas e
externas. As internas é dentro da escola entre eles, e as externas são para
levar a experiência vivida nessa escola, nessa comunidade e levar para outras
comunidades perceberem o quão é possível melhorias das situações vividas.
E também temos o protagonismo, onde o aluno
participa ativamente de todas as oficinas e decisões. Eles têm as ideias, eles
participam das oficinas, eles que documentam as melhorias necessárias, etc.
Assim os alunos passaram a ter papel ativo na sociedade, havendo um importante
diálogo entre a ação e o sentimento. Os alunos perceberam que as mudanças
dependem também deles, do esforço da comunidade, melhorando muito o preconceito
que era vivenciado e passaram a ocupar o tempo e a mente com bons sentimentos,
afastando os jovens da violência, das drogas, etc.
O projeto ganhou muitos prêmios, já que
realmente é uma ação importante para uma comunidade, colaborando com o papel
ativo dos alunos na sociedade e também reforçando os direitos humanos.
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