A professora Lilia Freire do departamento de
pediatria nos traz informações sobre a violência nas escolas.
A fase da adolescência é um momento de muita
vulnerabilidade e risco, ocorrem muitas mudanças físicas, biológicas,
cognitivas, emocionais e se decide padrões de comportamento. Suas possíveis
trajetórias estão intimamente relacionadas com as vivências e aprendizados
ocorridos na infância.
Os problemas psicológicos e comportamentais
podem ocorrer dentro de 3 tipos: abuso de substâncias, problemas de internalização
– manifestado por meio de pertubações emocionais e cognitivas como depressão e
ansiedade, problemas de externalização – manifestado por meio de problemas
comportamentais ou de atuação sendo o problema mais comum o comportamento
delinquente.
Quando falamos em desvio de conduta nos
referimos ao transtorno caracterizado por um padrão de comportamento
anti-social repetitivo e persistente em crianças e adolescentes; às vezes
classificado como psico-social, às vezes como psicopatológico; inclui desobediências,
birras, brigas, destrutibilidade, mentira e roubo. É o problema mental mais
comum na infância e na adolescência: 7% em meninos e 3% em meninas.
A agressão física na infância é um problema
de saúde pública, crianças agressivas são de grandes riscos de se tornarem
adolescentes e adultos violentos. A agressão física é um precursor de problemas
mentais na vitima e no agressor (abuso de álcool e drogas, acidentes, crimes
violentos, tentativa de suicídio, relações abusivas, paternidade negligente e
abusiva).
Nossa estatística brasileira de infratores na
infância que são privados de liberdade cresceu muito nos últimos 10 anos,
principalmente no Nordeste e Norte.
Alguns fatores de risco para as crianças se
tornarem violentos, infratores são: famílias disfuncionais, doenças mentais nos
pais, pobreza, fracasso escolar, desemprego, pobres redes de apoio e de
relacionamentos, perda de pessoas significativas da família por meio violentos,
etc.
Os meninos são mais propensos a se envolver
com violência e delinquência e as meninas adolescentes são tão propensas quanto
os meninos a bater em membros da família.
Nós professores devemos estar atentos com
comportamentos inadequados, às vezes a criança pode estar querendo chamar a
atenção para seu problema, devemos buscar interagir com a criança/adolescente e
descobrir o que está havendo e tentar ajudar o aluno de alguma maneira, mesmo
que com uma conversa, dando apoio etc.
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