sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Vídeo-aula 28: Bullying

       A professora Katia Pupo nos instrui sobre o fenômeno bullying, que é todas as atitudes agressivas que são intencionais e repetidas que ocorrem sem um motivo evidente, podendo ser com uma criança com a outra ou grupo de jovens. Humilhação, xingamentos, humilhação, menosprezo, ameaças, etc., são variantes que compõe esse fenômeno.
         As vítimas do bullying costumam ser crianças que tem pouca habilidade de socialização; dificuldade para reagir às agressões; características físicas, comportamento, condição socioeconômica ou orientação sexual diferentes; hiperativos e impulsivos; muitas vítimas tornam-se agressores; não pedem ajuda por medo de retaliações ou por não quererem decepcionar os pais.
            Já os agressores podem ser de ambos os sexos; são indivíduos que desrespeitam as normas; tem dificuldade em lidar com a frustração; geralmente são líderes e tendem a cometer pequenos delitos; possuem rendimento escolar regular ou insuficiente; ausência de culpa; são desafiadores e agressivos; costumam ter dificuldade em lidar com figuras de autoridade; mentem constantemente.
            Também devemos nos atentar ao cyberbullying, já que as crianças cada vez mais cedo possuem acesso a internet e podem acabar sofrendo bullying através da internet.
            Há conseqüências causadas as vítimas que pode ser mais leve ou até mesmo grave que pode chegar até a um homicídio.
            Após assistir essa vídeo-aula me fez recordar de um vídeo onde nos mostra como todos são diferentes e devemos respeitar essas diferenças, no ambiente escolar devemos trabalhar assiduamente essa questão, visando evitar que ocorra esse fenômeno tão negativo em nossa escola. Enfim, o vídeo que gostaria de compartilhar chama-se “Tudo bem se diferente”.




Vídeo-aula 27: Práticas de cidadania


Nessa vídeo-aula a professora Patrícia Junqueira Grandino nos traz o tema: Práticas de cidadania visando a elaboração e desenvolvimento de projetos com atenção à comunidade. Mas para que seja possível elaborar e desenvolver projetos para a comunidade devemos conhecer o local, conhecer as necessidades presentes nessa comunidade em questão.
Faz-se necessário definir o público-alvo, conhecê-lo melhor, buscar um objetivo que seja pertinente a essa comunidade, após a análise do público-alvo, pensar em qual objetivo espero, e então devo recorrer a estratégias para trabalhar com eficiência o tema escolhido para o projeto; outro ponto importante é o cronograma, que deve ser feito e pensado, devendo ser seguido para que não haja possíveis fracassos no projeto em questão.
Foi uma vídeo-aula bem produtiva, onde pude conhecer melhor como realizar uma eficiente elaboração de um projeto e como definir um tema para ser aplicado na comunidade.

Vídeo-aula 26: Estratégia de Projetos e Educação em Valores


         Nessa vídeo-aula o professor Ricardo faz uma continuidade da ideia da aula anterior (25) e nos esclarece como a estratégia de projetos pode nos favorecer possibilitando a educação em valores na escola.
O professor nos apresenta o exemplo de um projeto realizado em uma escola e de que maneira a educação em valores foi abordada nesse projeto.
Para que ocorra a educação em valores através de projetos devemos trabalhar temáticas transversais e devemos empenhar-nos para que ocorra efetivamente a interdisciplinaridade. Ao trabalharmos temáticas de cunho social possibilitamos a aderência dos alunos em valores, ética e cidadania. É possível sim trabalhar valores no ambiente escolar, mas é necessário saber quais temas trabalhar e como trabalhar; e a maneira que venho estudando nas vídeo-aulas e se torna cada vez mais clara, é realmente com temas transversais e trabalhando de maneira interdisciplinar para que as disciplinas possam dialogar entre si e assim facilitar o entendimento do aluno, deixando bem claro o objetivo do projeto que está sendo abordado.

Vídeo-aula 25: Estratégia de Projetos e a Construção da Rede


Nessa vídeo-aula o professor Ricardo Pátaro nos instrui sobre as etapas básicas de   um projeto e como se constrói uma rede.
As etapas são:
·         Escolha de um tema – Esse tema será escolhido pelo professor, coordenação, direção, etc. É sugerido que seja um tema transversal para trabalhar as necessidades atuais (valores, ética, cidadania, pluralidade cultural, etc.)
·         Aproximação ao tema – o professor deve familiarizar os alunos quanto ao tema que será problematizado, estudado, desenvolvido. É um procedimento importante, já que abre-se um leque aos alunos e posteriormente eles irão afunilar esse tema geral.
·         Escolha de uma temática mais específica – após a aproximação ao tema, os alunos tiveram um amplo conhecimento sobre o tema geral, agora irão escolher um tema mais específico a ser trabalhado.
·         Perguntas do projeto – as crianças realizam perguntas sobre as quais gostariam de esclarecer sobre o assunto, sempre com o professor atuando como mediador.
·         Planejamento docente – é uma etapa onde a rede se preenche com os conteúdos que o professor irá escolher quais conteúdos devem ser trabalhados ao longo do desenvolvimento.
·         Busca de respostas – Essa etapa é a final, onde o objetivo que buscávamos deve ser alcançado, as respostas que precisavam ser encontradas devem ter sido alcançadas.
É válido evidenciar que o projeto pode haver alterações, já que pode ocorrer de visarmos um determinado tema e dentro deste tema específico surgir novas dúvidas e perguntas, tornando-o mais amplo, sujeito a se tornar mais eficaz ou até mesmo ocorrer possíveis falhas.

Vídeo-aula 24: Diversidade/Pluralidade Cultural na Escola


A diversidade / pluralidade cultural é muito grande, já que ninguém é igual a ninguém. Na escola lidamos com essa questão o tempo todo e com muitos indivíduos diferentes ao mesmo tempo. Ao assistir essa vídeo-aula me lembrei de uma música que disponho sua letra a seguir, o autor é Toquinho, que expressa bem a diferença de todos, cada um possui habilidades e dificuldades diferentes:

Errar é humano

Não, não é vergonha, não,
Você não ser o melhor da escola,
Campeão de skate, o bom de bola ou de natação.
Não, não é vergonha, não,
Aprender a andar de bicicleta
Se escorando em outra mão.
Não, não é vergonha, não,
Você não saber a tabuada,
Pegar uma onda, contar piada, rodar pião.
Não, não é vergonha, não,
Precisar de alguém que ajude
A refazer sua lição.
A vida irá, você vai ver,
Aos poucos te ensinando
Que o certo você vai saber
Errando, errando, errando.
Não, não é vergonha, não,
Ser da turma toda o mais gordinho,
Ter pernas tortas, ser bem baixinho ou grandalhão.
Não, não é vergonha, não.
Todos sempre têm algum defeito,
Não existe a perfeição.
Como diz na letra da música “não existe a perfeição”, e sim diferenças que devem ser respeitadas, todos devem ser tratados por iguais, porém respeitando suas diferenças, suas limitações.

Vídeo-aula 23: Assembléias escolares e Democracia escolar


Analisamos nessa vídeo-aula uma escola de Campinas que realiza Assembléias em sua escola, e essas Assembléias tem por objetivo analisar o que é necessário melhorar, o que está bom e que é preciso manter ou alguma ideia nova a acrescentar para melhorar algo.
Nessa escola há 3 tipos de assembléia:
·         Assembléia de classe: ocorre dentro de cada sala de aula e tem por função regular as relações entre os alunos em sua sala de aula.Há uma cartolina onde os alunos escrevam suas críticas e felicitações e posteriormente são lidas e analisadas por todos juntos em uma roda. Nas críticas são expostos os fatos e não o nome das pessoas.
·         Assembléia de escola: participam representantes de todas as turmas, professores, funcionários e direção. Se reúnem todos em uma sala e é dialogado quanto as felicitações e críticas a serem melhoradas.
·          Assembléia docente: são as assembléias dos docentes juntamente a direção, onde discutem sobre as temáticas relacionadas ao convívio e as relações interpessoais entre eles.
As Assembléias visam tornar os comportamentos indesejáveis no ambiente escolar mais aceitável, melhorar a conscientização dos alunos e consequentemente melhorarem o comportamento dos alunos.
Estas assembléias são muito importantes para valorizarmos a democracia e cidadania na escola em que trabalhamos, transmitindo esses valores aos nossos alunos.





Vídeo-aula 22: A prática de projetos e transversalidade em sala de aula


Nesta vídeo-aula abordamos a prática de projeto e transversalidade no cotidiano escolar. Temos orientação pelo MEC, nos Parâmetros Curriculares Nacionais sobre os temas transversais que visam orientar os trabalhos pedagógicos desenvolvidos no Brasil.
Os temas transversais conforme já vimos em vídeo-aulas anteriores, trabalha situações em que formam os cidadãos, ou também situações atuais em que o mundo vive hoje. Nosso foco com o Projeto Político Pedagógico é formar alunos críticos, pensantes, ativo, autônomo, consciente e ético. Nos temas transversais temos alguns eixos que nos permitem abordar questões complexas quanto a formação do indivíduo, são: Meio Ambiente, Pluraridade Cultural, Ética, Saúde, Orientação Sexual e Temas Locais (para que possamos trabalhar temas mais específicos do local em que trabalhamos).
A professora Brigitte Haertel nos trouxe um depoimento de uma diretora que nos transmite a ideia de que os temas transversais devem estar ligados à realidade dos alunos e ao ouvir foi possível perceber que realmente se faz necessária essa ideia, já que de nada vale estudarmos algo que está havendo problema em outro estado e deixarmos de trabalhar um problema local de nossa região (o que é bem mais produtivo). Essa diretora trabalhou projetos que estão inteiramente ligados à Meio ambiente, pluraridade cultural, etc.
As questões de gênero que são nosso tema central podem ser abordadas por três dos eixos propostos pelo PCN: Ética, Orientação Sexual e Diversidade Cultural. Qualquer destes eixos permite uma aproximação muito pertinente; para escolhermos qual desses eixos focar, devemos verificar a faixa etária, o público alvo a ser trabalhado.
Na respectiva escola que analisamos anteriormente, houve uma reunião de pais e foi aplicada uma atividade aos pais, já que os valores também vêm de casa, então os pais são os primeiros a dar exemplo em casa aos nossos alunos.
A professora nos diz o quanto é importante estarmos abertos ao diferente, aceitarmos modos novos de trabalho e aprendizagem; deixarmos de estar acomodados com o de sempre, e buscarmos novos métodos que sejam eficientes. 

Vídeo-aula 21: Sentimentos e Afetos como tema transversal


Esta vídeo-aula tem como objetivo nos mostrar como inserir temas como o sentimento e o afeto para dentro do ambiente escolar, como temas transversais.
Os sentimentos estão ligados à três elementos que são: Valores – que está relacionado a dimensão afetiva, aquilo que eu gosto. Autoestima – é fundamental para o processo de construção da cidadania, como a busca da própria felicidade, muitos jovens hoje em dia vivem o problema de ter baixo autoestima. Autoestima é a autoimagem que o sujeito constrói sobre si mesmo. Autoconhecimento – diz respeito a um processo de auto-regulação que o sujeito constrói, contribuindo para a sua própria conduta. É uma dimensão da sensibilidade para se perceber a si mesmo, tomar consciência dos próprios sentimentos, dos próprios valores e ideias, para ter uma conduta coerente com aquilo que se acredita.
Na escola se fala muito em autonomia e se esquece do autoconhecimento, sendo que ambos estão intimamente ligados.  
Como incorporar os sentimentos e afetos no cotidiano de nossas escolas?

Conhecemos um exemplo de projeto trabalhado em uma escola do interior de São Paulo, onde a professora realizou questões sobre o que são sentimentos, o que as pessoas sentem e quando sentem, etc. Em seguida a professora pediu que as crianças desenhassem um corpo, contornando uma criança no papel e que depois colocassem nesse corpo determinados sentimentos na imagem. Após discutirem sobre os diferentes sentimentos, apontaram para cada local do corpo que fosse respectivo ao sentimento citado. E colocaram ódio e raiva nas mãos, amor no coração, vergonha no rosto, etc. A partir desse momento foi tratado diferentes questões mostrando que a raiva, por exemplo, pudesse estar em outro local e não nas mãos (violência), etc. A partir desses diálogos e outras perguntas e respostas perceberam as diferenças das respostas, os valores, os sentimentos. Este entre outros trabalhos foram realizados com as crianças, podendo ser atrelados ao cotidiano das crianças, a realidade que elas vivem, e puderam montar quadrinhos de quando estão felizes, tristes, preocupadas, satisfeitas, etc. Foi um método muito interessante utilizado por essa professora, trabalhando um tema transversal tão importante para a vida das crianças e também para os professores, já que ao trabalharmos sentimentos e afetos, facilitamos nosso trabalho em sala de aula, já que as crianças saberão que não devem agir com violência, raiva, irresponsabilidade, etc., colaborando com o bom rendimento da aula.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Vídeo-aula 20: Violência e educação - UNIVESP TV: Violência nas escolas


Essa vídeo-aula trata sobre a violência nas escolas, ministrada pela professora Flávia Schieling, com o intuito de diagnosticar o problema, detectando onde a violência se faz presente, tentando saná-la.
A professora diz que não é um assunto fácil de falar, já que a violência emudece.
Quando analisamos a violência nas escolas percebemos que é algo que ocorre muito, mas é possível trabalhá-la, produzir um diagnóstico de como ocorre, por que ocorre e então pensar em possíveis formas de ação para amenizar a situação.
O que a escola pode e deve fazer? O que nos compete fazer?
Há diferentes formas de violência, há aquelas que são domésticas e reflete no sujeito na vida escolar, há as que ocorrem no entorno da escola. Porém ambas refletem dentro do ambiente escolar.
Após analisarmos as variadas formas de violência, podemos criar um plano de ação para ser trabalhado dentro da escola com nossos alunos e também possivelmente com a comunidade local, visando uma notável diminuição da violência que rodeia a escola.
Devemos trabalhar diversos projetos buscando a melhora da violência, já que é um tema que ocorre com freqüência em muitas escolas, dentro e fora. Vamos juntos tentar diminuir essa agressividade que ocorre na vida de nossos alunos realizando ações possíveis já que essas crianças são o futuro da nação.

Vídeo-aula 19: Podem a ética e a cidadania ser ensinadas?


Muitos dizem que antigamente os professores não tinham tantas incumbências iguais hoje possuem. Por volta de 2.500 anos atrás Aristóteles escreveu um livro, onde analisaremos um texto que o compõe. Foi possível perceber que para ele os homens se tornam excelentes quando possuem três fatores, que são: a natureza, o hábito e a razão. Natureza indica sobre o caráter do indivíduo, hábito sobre o modo de vida e a razão que é a capacidade que o homem tem de pensar, argumentar e decidir racionalmente as coisas. A razão e a inteligência são para onde tendamos a nos desenvolver, diz que devemos nos formar para ética e sermos futuros cidadãos e que o resto é obra da educação. Somos formados para a virtude apesar de a natureza nos dar certos traços opostos ou neutros à virtude; devemos colocar a educação a serviço do bem comum.
Após analisarmos o texto de Aristóteles foi possível perceber que a preocupação da vinculação entre educação e formação ética não é novidade no mundo escolar, ela pertence a toda tradição filosófica que discute o problema da formação escolar.
A questão que preocupa desde aqueles tempos é se a virtude pode ser ensinada, alguns dizem que ela é herdada e que não há como se ensinar.
Antigamente a ética não era objeto de estudo alvo já que a população freqüente não chegava a 15% da população, hoje o tema passou a ter grande relevância na educação sendo que a maioria da população está envolvida na educação.
Sócrates se preocupa com a questão da virtude e diz que a presença de um mestre seria relevante. Mas quem estaria apto a ensinar tais valores? Como que nós professores podemos renunciar formar nossos alunos na ética, valores?
Esses temas independem de formação, já que o professor de ética não necessariamente é mais ético que o professor de matemática, história, etc. Ser ético cabe a todos, e não exige formação e sim valores e ética.
É possível ensinar através de nossas atitudes durante todas as aulas e não em uma aula específica, mostrando aos alunos com bons exemplos, no decurso da prática, da ação e não pela teoria.

Vídeo-Aula 18: Educação integral


Com essa aula foi possível perceber a importância de formarmos as crianças integralmente nas dimensões que compõe o ser, não só cognitivamente, mas também as demais dimensões que o ser humano necessita no mundo atual em que vivemos.
Foi analisada uma escola na cidade de São José dos Campos onde é oferecida educação integral, dentro do período há um momento em que realizam oficinas, nessas oficinas são trabalhadas diversas áreas como teatro, astronomia, línguas, experimentos, entre outros. As crianças desenvolvem outras dimensões além das quais os conteúdos disciplinares oferecem, convivência com um grupo maior, interação com o meio interior e exterior, maior vínculo de amizades, relacionamento mais aberto com o próximo respeitando o limite de cada um e as regras de convivência. Essas oficinas oferecem um aprendizado significativo, onde o aluno constata o motivo pelo qual ele está aprendendo aquele conhecimento em específico, ampliando através do professor mediador o conhecimento oferecido no ensino regular, além de tornar amplo o papel ativo do aluno.


Vídeo-aula 17: Pedagogia de Projetos


Nesta aula foi possível compreender a estratégia de projetos que leva em consideração a participação do aluno, onde um projeto competente abre a possibilidade de maior desenvoltura do aluno, não somente desenvolvimento de habilidades escolares, mas também habilidades para a vida do aluno de maneira geral.
A estratégia de projeto é ligada a interdisciplinaridade e a transversalidade, já que os temas devem ser transversais, já que devem atravessar todas as disciplinas, devem ser reflexivos, pertinentes, e também interdisciplinares para que haja relações mais fortes entre as disciplinas e seus conteúdos, de maneira que os alunos compreendam o tema como um todo dentro das diferentes áreas disciplinares.
É muito importante realizar projetos interdisciplinares e com temas transversais, os alunos precisam saber identificar os temas transversais, conhecer e trabalhar esses temas, já que são temas necessários para compreender situações que ocorrem hoje no mundo. Interdisciplinar para que compreenda a ligação entre todas as matérias, abrindo possibilidades de desenvolvimento do aluno, buscando respostas dentro de todas as disciplinas e não apenas em uma, além de interagir com todas as áreas de conhecimento.


Vídeo-aula 16: A construção de valores e a dimensão afetiva


Nesta vídeo-aula, ministrada pela professora Viviane Pinheiro, trabalhamos a dimensão afetiva na construção de valores. Ao observamos o artigo de Jean Piaget do ano de 1953, nos sinaliza a integração entre inteligência e afetividade, para ele a afetividade servia como fonte de energia para motivar a cognição.
Também analisamos uma pesquisa empírica realizada com professores pela autora Valéria Morin Arantes, que nos apresenta uma situação de conflito moral, onde uma professora encontra um aluno utilizando entorpecentes no banheiro. A autora separou três grupos de professores, onde um era positivo a relação com o aluno, o outro era negativo e o terceiro por sua vez era neutro. Através desta pesquisa percebeu-se que o grupo que era positivo em seus sentimentos teve uma maior indicação de atitudes ativas da professora, onde ela conseguia se mobilizar para ajudar o aluno em questão; já o grupo induzido a ser negativo tendeu a ter uma atitude passiva da professora em relação ao aluno. Sendo assim provou-se que a afetividade é ligada a cognição e ambas atuam juntamente no funcionamento psíquico. É claro que não devemos desmerecer a pesquisa de Jean Piaget, já que foi a partir de sua idéia que se desenvolveu novas pesquisas relacionadas ao tema.
Há dois sentimentos que estão relacionados à elaboração ou não de valores pelos sujeitos, que são: vergonha e culpa. O que as diferencia são vários aspectos, mas serão enfatizados dois principais, é que quanto à vergonha ela se relaciona à forma como o outro me vê, enquanto a culpa é mais a auto-avaliação do sujeito. Na vergonha temos a vontade de esconder, escapar, fugir, pois não queremos ter esse olhar do outro, quanto à culpa eu quero me desculpar, me confessar tentando resolver a situação. Observamos os aspectos que os diferencia, agora veremos os aspectos que os relacionam e por isso são tão estudados na área da moralidade, eles são sentimentos morais, quando temos um valor esse sentimentos vem a referendar ou refutar esse valor, são tidos como emoções negativas já que a pessoa que o sente fica triste, são atribuições internas que são vivenciadas nas relações interpessoais e regulam os valores morais. Nessa parte de regulação é o que se dá muita ênfase nos sentimentos de vergonha e culpa nos estudos atuais sobre a moralidade humana, exemplo: se um sujeito entra em um quarto escuro e não consegue ficar lá e vai embora, esse sujeito pode sentir-se envergonhado dessa situação, se ele se sentiu envergonhado significa que ele tem a coragem como valor, pois se não a tivesse, não teria o porquê sentir vergonha.
Foi possível conhecer uma pesquisa realizada pela professora Viviane, do ano de 2009 com o título: A generosidade e os sentimentos morais: um estudo exploratório na perspectiva dos Modelos Organizadores do Pensamento, que foi realizada com alunos da rede pública e particular da cidade de São Paulo em que foi contada uma história aos alunos relacionada à generosidade, foi possível perceber que uma parcela dos sujeitos não envolveu sentimentos de culpa e vergonha. Já o outro grupo envolveu sentimentos de culpa e vergonha, o que significa que esses alunos possuem o valor de generosidade senão eles não teriam sentido tais sentimentos.
Esses estudos que conhecemos podem implicar educacionalmente através dos sentimentos que devem ser objeto de conhecimento a ser trabalhado na escola e percebemos o quão é importante trabalhá-los. Não devemos diminuir os vínculos afetivos, os laços de amizade; deve ser realizado um trabalho com sentimentos morais e promover um ambiente mais saudável e feliz, pois foi possível perceber que as pessoas que tem sentimentos positivos têm uma tendência mais acentuada de resolver seus problemas ativamente e não mais passivamente.

Vídeo-aula 15: Dimensões constitutivas do sujeito psicológico


O sujeito se constitui ao se interagir com o meio em que vive. Nosso foco, dos professores é de trabalhar, desenvolver esse sujeito psicológico que são nossos alunos.
Há quatro dimensões que constituem esse sujeito psicológico, que são: Biológico – que é relacionado ao nosso organismo, nosso corpo, que tem muita influência em nossas vidas; Afetiva – que está ligada à construção de valores, sentimentos, emoções, etc. ; Sócio-cultural – que são influenciadas pela nossa cultura, nossa língua, costumes, etc. ; Cognitivo – que nada mais é do que nossa inteligência, como nos comportamos, como resolvemos problemas, etc.
Muitos autores estudam apenas uma dessas dimensões citadas acima, apesar de não descartarem as demais dimensões. Devemos considerar todas as limitações das crianças, como por exemplo, uma criança que tem uma limitação cognitiva influência as demais dimensões.
Devemos considerar o aluno por completo, considerar todas as dimensões, já que todas são interligadas e influenciam diretamente no comportamento do aluno, tanto biológico, como cultural, cognitivo, etc. Temos oscilações no modo de agir em alguns dias por alguma dificuldade que estamos passando, o aluno também age dessa maneira, então devemos considerar e perceber o reflexo que tem na construção de valores e interferirmos positivamente para oferecer o melhor possível aos nossos alunos.