segunda-feira, 1 de julho de 2013

Vídeo-aula 26: Professor autor

Primeiro lemos, interagimos com o texto da vida, refletimos e assimilamos e na sequência criamos, produzimos sendo autores.
A experiência da leitura pode questionar ampliar, revolucionar, aperfeiçoar nossa visão de mundo. E nos fazer criar um sistema pessoal de convicções
Quando expressamos nossas ideias, nós nos expressamos como autores, o autor tem autoridade, e o professor tem que se ver como um autor.
Um profissional da educação que não é responsável por aquilo que faz, de uma maneira quase servil, não pode ser um propiciador de autonomia.
Autoria está ligada ao exercício da liberdade.
Formar para a autonomia e para a critica requer uma postura modificada do professor. A grande beleza está em perceber-se diante da liberdade de produzir formas de trabalhar com seus alunos que modifiquem a situação até hoje existente em nossas escolas: a de submissão. A autonomia docente não se conquista sem um estilo próprio de ensinar.
“Autonomia docente não se conquista sem um estilo de ensinar.”
O professor deveria ensinar até mesmo aqueles que são autoridade sobre eles, ensinar melhores maneiras de “mandar”.
Pedro Demo fala que:
“O mínimo que se exige é que cada professor elabore com mão própria a matéria que ministra."
“Tal elaboração será uma síntese barata, se for reprodutiva, mas será criativa, se acolher tonalidade própria reconstrutiva."

O professor deve interagir na internet, respeitando a ética humana.

O Professor autor é aquele que tem ideias próprias e divulga suas ideias. Professor que cria sites, blogs são mais bem sucedidos. Ler, pensar, ser autor, se coincide com nossa existência.




Vídeo-aula 25: Professor pensador


O exercício da curiosidade, da reflexão e do diálogo com o extra mental nos leva ao momento das decisões.
Somos seres receptores que aprendem o conteúdo e, a partir dele, refletimos e assimilamos. Assim exercemos a curiosidade e a reflexão.
Quando assimila, que etimologicamente significa tornar-se semelhante, nos tornamos semelhantes ao que conhecemos, aprendemos, e então renascemos.
A curiosidade insaciável, o pensamento vivo, dialogante, inquieto, fazem parte do ser humano. O diálogo é um dos maiores instrumentos para ampliar os horizontes de forma não-linear. Assim, devemos suscitar mais curiosidade, mais perguntas, pois nisso consiste o trabalho docente com nossos alunos.
Quando o aluno, por exemplo, faz uma pergunta, e o professor responde de forma inadequada ou não responde, existe um ponto de dúvida para esse aluno, e ai está uma prática antipedagógica, consiste no aluno criar uma dúvida maior.
Educação cria seres ponderados.
Ler e pensar são um passo para a ampliação do seu conhecimento.

“Tu és a tua própria lição de casa." (Franz Kafka)

         A lição de casa deve ser estimulante, deve ter objetivos. Ela é um auxílio no aprendizado, não algo para desestimular os alunos. O professor deve transformar a lição de casa em um aprendizado prazeroso e adequado.

A tarefa do educador é ser mediador, transformar o aprendizado, em aprendizado prazeroso dentro da realidade dos alunos. É preciso ser criativo.


Vídeo-aula 22: O professor leitor

Todos elogiam a leitura. O que é a leitura? É um aprendizado à distância, uma forma de aproximação com diversas realidades. Toda leitura é um aprendizado a distância, pois lemos sobre coisas que estão distantes, ou quais nunca nem conheceremos. Mas com a leitura tudo se aproxima.
O professor deve ser leitor, leitor profundo, obcecado e amadores da leitura, pois é ele que passa o conhecimento aos seus alunos.
Os professores em geral não têm hábito com a leitura.
A dificuldade dos professores é grande em optar pela sua profissão quando não se é leitor.
“Porque existem analfabetos para as entrelinhas." (Guimarães Rosa)
Não basta estar alfabetizado, não basta entender um texto. Deve-se ter um aprendizado mais profundo do que apenas a leitura, deve-se ter uma super alfabetização.
O professor não é um tarefeiro, ele é um mestre, alguém que entusiasme, inspire seus alunos à vontade de saber, vontade de aprender. O professor amplia a visão dos alunos.
Quando o professor conhece a leitura, ele é diferente, torna-se um profissional especial, aquele que faz a diferença.
O professor deve inspirar o aluno a ler, despertar no outro a vontade de aprender.

A experiência da leitura pode questionar, ampliar, revolucionar, aperfeiçoar nossa visão de mundo. E nos fazer criar um sistema pessoal de convicções.


Vídeo-aula 21: A complexidade da constituição docente

O professor deve compreender o aluno, o professor deve surpreender em sala de aula, o professor deve lidar com os fracassos escolares, o professor deve ser o educador.
Até a década de 70, se o fracasso escolar ocorresse, a culpa era do aluno, pois o professor ensinou, se o aluno não aprendeu o problema era dele.
Nos anos 80, os estudos se modificaram, muda a incompreensão dos problemas, a compreensão do papel do professor, e a permanência a lógica da formação: competência do professor.

Perspectivas teóricas do trabalho docente
* Disponibilidade pessoal para renovar o trabalho: professor aberto para mudanças;
* Luta pela valorização do ensino e a constituição de um trabalho coletivo: lutar por uma condição política de valorização de seu trabalho;
* afirmar-se como sujeito do conhecimento: aquele que quer aprender;
* colocar-se como sujeito que define caminhos e cria alternativas.

Desafios em face da realidade
* A difícil construção de um ensino de qualidade;
* A desvalorização do ensino e o desinteresse dos jovens pelo magistério.

Os dados apresentados nesta aula indicam que, em 2005, 103 mil professores foram formados no país. Em 2009, foram apenas 52 mil. Estes índices demonstram o desinteresse nos jovens pela carreira docente.
Dimensão técnica do trabalho do professor
- compreender, aplicar, problematizar e refletir. O professor deve transformar a produção teórica em prática pedagógica.

Dimensão pessoal do trabalho do professor
- falta de autonomia, sobrecarga e desmotivação. Mais do que ensinar, o professor deve educar, compreender, estabelecer relações. A frustração costuma ser muito grande.

A Desvalorização do professor é um assunto complexo.

O professor tem a sua formação e a prática pedagógica e mesmo assim é desvalorizado pelo sistema. 
Essa é uma aula difícil, pois muitos não sonham mais em serem professores. Como teremos bons professores se muitos se formam por falta de opção? É uma situação muito complicada. A profissão docente está sobre risco. 





Vídeo-aula 18: A escola e as instituições culturais

       Os conteúdos curriculares relacionados ao conteúdo cultural de instituições como museus, feiras, galerias e casas de cultura são importantes e devem ser trabalhados.
        Hoje em dia, é possível realizar este trabalho tanto com visitas presencias quanto virtuais.
      Os programas oferecidos por instituições culturais são de extremo valor e absolutamente integráveis aos conteúdos tradicionais. Esse tipo de trabalho dinamiza o processo ensino/aprendizagem e expande o conhecimento do aluno que passa a desenvolver seu conhecimento a partir de vários objetos, não apenas pelo livro didático, cópias ou a explicação do professor.
Esses tipos de atividade têm o objetivo de unir os alunos em um interesse comum.
As intervenções dos alunos podem ser feitas mediante autorizações de instituições públicas locais ou no espaço da escola.
As manifestações artísticas dos alunos podem ser compartilhadas pelas famílias e membros da comunidade convidados. Os pequenos também gostam de registrar desenhos em pedras e muros depois de estudar inscrições pré-históricas.

Essas manifestações despertam o interesse dos alunos.


Vídeo-aula 17: O professor e a cidade educadora

     A cidade em que moramos faz parte de nosso cotidiano, porém nem sempre a percebemos ou a compreendemos. Pouco sabemos sobre a sua história, formação e transformações. A educação deve levar esses conteúdos que o entorno os oferece para dentro da sala de aula. É possível trabalhar de diversas maneiras, como pesquisas bibliográficas, visitas aos locais que remetem à história, entrevistas à pessoas mais velhas e antigas moradoras da cidade, etc.
Os conceitos de tombamento e patrimônio histórico também podem ser trabalhados em sala, fazendo com que o aluno perceba a importância à preservação, à restauração e a história de sua própria comunidade.
Para que o aluno sinta prazer e entenda-se como parte desta história é necessário que o seu protagonismo seja incentivado. Propondo atividades práticas e reflexivas, o aluno consegue desenvolver seu senso crítico e seu aprendizado próprio. Assim, o papel do professor, como mediador/interventor, é o de relacionar esse conhecimento de entorno, com o conteúdo curricular e o cotidiano atual do aluno.
O professor deve conhecer a opinião dos alunos também, propor uma visita a algum lugar que os alunos gostariam de conhecer, estudar e fruir do espaço.

Ensinar sobre a arte presente na rua é uma maneira de valorizar a arte no cotidiano das pessoas e no espaço público.


Vídeo-aula 14: Processos de aprendizagem e implicações para a prática docente

Nesta aula são apresentados alguns “mitos de aprendizagem”, como:
·         A aprendizagem é consequência do ensino.
·         O aprendizado é realizado em etapas, como subir uma escada. Segue-se um único caminho, por partes e com a necessidade deste ser dividido em blocos.
·         Aprender é diferente de usar o conhecimento.

Para Vygotsky, a aprendizagem é dependente do contexto sociocultural do sujeito/aluno. Desta forma, foram previstas instâncias relacionadas aos processos de aprendizagem:
·         A aprendizagem está na relação com o outro e ela se dá num universo sociocultural.
·         O conhecimento científico nem sempre é integrado a este universo.
·         O papel da educação está em relacionar estas diversas esferas.
O conhecimento se dá em várias dimensões: cognitiva, afetiva e funcional. Para que a aprendizagem seja plena, são necessárias ações como: interação, mediação e linguagem.
Para Piaget, o homem está sempre em busca do conhecimento e da aprendizagem  por ser naturalmente um ser "curioso". Mas a construção de sua aprendizagem é como uma rede, e é singular a cada sujeito.
·         A assimilação do conhecimento pode acontecer de várias formas:
·         A informação vem e é assimilada corretamente.
·         A informação vem e não é assimilada.
·         A informação vem e há uma distorção na assimilação.

O professor deve fazer um trabalho onde os alunos queiram aprender, tenha vontade de aprender, lidando com a interação, a mediação e a linguagem.
O professor deve buscar a curiosidade do aluno, do ser humano, para que ele tenha vontade de aprender.
O professor deve mostrar ao sujeito/ aluno uma maneira de aprendizado, onde esse aluno assimile o que o professor está dizendo. Mostras que as informações podem ser úteis para a vida.
Alunos assimilam informações, mas de uma maneira incorreta, distorcendo o correto.
Desta forma, o processo de aprendizagem se dá por meio de uma sequência: Apresentação do problema; Assimilação com seus saberes; Elaboração de hipóteses; Antecipação dos resultados; Prática/Experiência; Desapontamento pela surpresa; Desequilíbrio cognitivo; Assimilação do novo conhecimento.
            Para Piaget, toda aprendizagem vem com sofrimento e é assim que o ser se evolui.

Para o professor, fica o seguinte desafio: o ensino deveria seguir a ação e reflexão, com intervenção docente entre a problematização e o resultado real. Assim é possível que o aluno aprenda, use o conhecimento adquirido e forme-se como um cidadão crítico e ativo.