segunda-feira, 1 de julho de 2013

Vídeo-aula 9: Modelos de ensino das concepções docentes às práticas pedagógicas

Uma grande preocupação dos professores é a prática pedagógica, mas isso pode prejudicar a sustentação deste professor. A prática pedagógica é fundamentada no projeto educativo e o mesmo não pode se perder em sua própria fundamentação (exemplo: fazer com que o aluno aprenda de qualquer maneira, mesmo que o aluno passe a não suportar mais aquela matéria).
Algumas ciladas que infelizmente são comuns: “Os fins justificam os meios”; insegurança do professor; desequilíbrio; falta de critérios e de diretrizes para organizar o fazer pedagógico; dificuldades para planejar e para avaliar; trajetória incerta dos alunos e resultados inexplicáveis.
Para que estas situações não ocorram, é preciso que o professor tenha coerência, subsídios por diretrizes que sejam coerentes, a prática pedagógica nunca é neutra, ela é sempre comprometida com valores.
"A educação, qualquer que ela seja, é sempre uma teoria do conhecimento posta em prática" (Freire).
Existem duas grandes formas de compreender o mundo:
Fixismo: Onde as pessoas acham que o mundo sempre gira, mas tudo continua igual.
Essencialismo: O homem é imutável, todos temos uma base igual e isso é posto e não há como mudar.
Inatismo: O ser humano ao nascer já é tudo. Já possui uma pré disposição.
Empirismo: O ser humano não é nada, é um papel em branco que tem que construir.
Transformismo: Estes por outro lado acreditam que o mundo está sempre mudando.
Relacionismo: O ser humano se constitui a partir das relações/experiências com outras pessoas.
Construtivismo/Sócio-construtivismo: Aprende a partir das experiências e das relações aquém.
Teorias da Educação:
Empirismo: Não há processo de criação, é como se fossemos pacotes e fossemos preenchidos pelas informações do professor. O professor é o representante do saber. Não há relação professor-aluno além da transmissão do conhecimento. Reforça o autoritarismo e a aprendizagem única, onde todos os alunos compreendem o mesmo conteúdo e do mesmo jeito.
Inatismo: O homem já está pré-programado/pré-definido, ele já nasce com o dom que possui. De acordo com sua natureza, ele só vai apresentando suas habilidades natas com o passar do tempo. O professor é apenas um facilitador da aprendizagem.
Construtivismo: O homem é capaz de construir/criar hipóteses e habilidades, o ser humano busca sua adaptação e compreensão do mundo e de fatos que o cercam, tornando-o ativo. O conhecimento é uma construção progressiva, daí a ideia de um muro sendo construído e superando seus limites. Quanto maior o seu envolvimento com uma prática, maior seu desenvolvimento sobre esta. O professor busca uma sintonia entre os processos de enisno e aprendizagem com o que ele propõe e as habilidades do aluno. Todas as possibilidades são utilizadas para que o aluno consiga atingir o seu máximo de compreensão, tanto pelos acertos como pelos erros. O professor é aquele que cria oportunidades aos alunos, respeitando o tempo de cada aluno, respeitando sua singularidade, para que este aluno se constitua como o "senhor da sua própria aprendizagem".

            Temos que ter clareza dessas várias possibilidades do ensino, apesar de na prática ser difícil a fronteira entre um e outro. Mas ao conhecermos as possibilidades poderemos organizar as práticas de ensino e também repensar a relação professor-aluno.

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