sábado, 4 de maio de 2013

Vídeo-aula 1: Contexto histórico dos direitos humanos



O professor Solon Viola nos fala sobre a origem dos direitos humanos na sua dimensão histórica, e direciona a ideia fundamental de que direitos humanos é uma construção histórica feita pelos povos e não necessariamente um universo de declarações ou um universo de leis, mas estes também não deixam de ser importantes.
Nosso tema da aula lida com a questão da construção histórica dos direitos humanos, o professor divide a aula em 3 partes:  uma de uma recuperação no tempo desde a pré história – grega e medieval. A segunda que lida com a dimensão do mundo moderno e uma última parte lidando com a contemporaneidade.
A primeira manifestação dos direitos humanos na humanidade se vincula a cerimônias, ritos próprios da humanidade, como a morte, nascimento, etc. O primeiro rito é a nomeação, o ser humano a medida que pensa nomeia. Na antiguidade a duas citações de construção dos direitos humanos, a primeira é manifestada através da arte, do teatro, quando uma das personagens do teatro defronta com o outro, uma mulher chamada Antígona, debate com o rei o direito de enterrar os mortos, ela queria ter o direito de enterrar seu irmão, neste momento Antígona lida com o direito sagrado da humanidade de chorar os seus mortos.
Recupera a Grécia, a praça grega, o local onde os homens gregos decidiam de forma direta por participação as questões gerais da vida (paz, guerra, como plantar, como dividir o plantio, etc.), tudo era decidido pelos homens em processo amplo na praça pública.
Na idade média perante a grande concentração da terra nas mãos de poucos, epidemias de fome, de doença, se constitui outro direito humano, o direito da rebelião contra a injustiça/desigualdade.
Ao chegar ao mundo moderno, a situação é diferente, há muito poder concentrado em poucos, na França, havia uma situação de injustiça, então a população francesa percebe uma epidemia de fome, etc e passa a lutar por seus direitos e então há um proclame de direitos humanos que se basearam em três princípios chaves fundamentais: a liberdade, a igualdade e a fraternidade. Foi chamada de Declaração Universal dos Direitos do homem.






Outro momento aconteceu na América, nas guerras de independência, constituídas em busca de liberdade e rompimento do sistema colonial. A declaração do cidadão e dos direitos do cidadão de Virgínia nos Estados Unidos dá uma dimensão de luta pela liberdade da nação. Estas são as primeiras declarações. Há uma anterior na Inglaterra, mas nem todos eram contemplados.






No século XIX, há uma realidade de interesse pelo pressuposto da igualdade, mas mostra que ela não foi concretizada. Então, se recupera, a partir da revolução industrial, o princípio das lutas pela igualdade. Esse princípio assume a clareza de outro ator social que é o movimento social, que diz ao mundo que exige igualdade. Já século XX estes espaços de debates se transformam em espaço de guerra que se deparam com o terror que ainda não haviam vivenciado. A guerra vem acompanhada de tecnologia na qual humanos morrem aos milhões. Na primeira Guerra as trincheiras, na segunda guerra, acrescem a máquina da morte à máquina da discriminação.




Hoje temos mais de 70 guerras declaradas, além das guerras não declaradas. E a máquina da morte tem um aperfeiçoamento de tecnologia súbita.
A humanidade reage ao terror da segunda guerra mundial? Ela reage com uma declaração universal, a Declaração Universal dos direitos Humanos. Esta declaração traz uma possibilidade de impedir o terror, um sonho de paz, igualdade e fraternidade.





O professor finaliza deixando uma importante mensagem sobre os direitos humanos:
"O direito humano não pode ser tratado como uma declaração, direito humano tem que ser uma construção cultural, na qual as diferenças sejam respeitadas, a igualdade se componha com o pressuposto da diferença e juntos, iguais e diferentes a humanidade consiga disputar os seus espaços de igualdade".




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