O TDAH(Transtorno de Déficit de Atenção e
Hiperatividade) é um transtorno comportamental
e neurobiológico de causas genéticas e ambientais, aparece na infância e pode
acompanhar a pessoa por toda a vida.
Para ser TDAH precisa haver uma tríade que
composta de: desatenção, hiperatividade e impulsividade. Possuem dificuldades
sociais, de atenção, etc. Desatenção: tem dificuldade de prestar atenção em
detalhes, parece não escutar quando falam com ele, é facilmente distraído com
estímulos alheios, tem dificuldade de organização, comete erros por descuido,
não segue instruções, não termina suas tarefas, perde coisas importantes.
Hiperatividade: não consegue envolver-se em atividades silenciosas, está sempre
a “mil por hora”, agita mãos e pés ou se remexe na cadeira, tem dificuldade
para permanecer sentado, corre exageradamente e fala demais. Impulsividade: Dá
respostas precipitadas a perguntas não terminadas, tem dificuldade em aguardar
sua vez, interrompe ou se intromete em conversas alheias.
Acomete 5 a 13% das crianças na idade
escolar, pode persistir na fase adulta na metade dos casos e é mais comum em
meninos.
Quais são os tipos que temos? Existe o TDAH
predominantemente desatento, o TDAH predominantemente hiperativo-impulsivo e o
TDAH combinado da tríade.
O TDAH predominantemente desatento é mais
comum em meninas, ocorre uma alta taxa de prejuízo acadêmico, são crianças
desorganizadas, esquecidas, distraídas, não copiam as tarefas, “vivem no mundo
da lua”, tem um nível baixo de habilidade social.
O TDAH predominantemente hiperativo-impulsivo
são crianças mais agressivas, tem alta taxa de rejeição dos colegas, sofrem de
impopularidade, são inquietas e impulsivas.
Já o tipo combinado que é realmente o TDAH
com a 3 características, a criança possui um prejuízo global muito grande, são
rejeitadas pelos colegas, agem sem pensar, são inadequadas socialmente e falham
em fazer planos e prever situações.
Muitas vezes o comportamento da criança passa
desapercebido pelos pais e os professores devem estar atentos, não para
diagnosticar, mas alertar quanto aos sintomas.
Os sintomas mais evidentes são: alteração nas
habilidades lingüísticas, falta de noção de espaço, dificuldade em reconhecer
símbolos gráficos, dificuldades em ficar sentada e prestar atenção, pouca
coordenação motora – “desajeitadas”, têm tendência de estar sempre em movimento
e dificuldades em terminar as tarefas.
O diagnóstico é realizado pelo médico,
através de uma avaliação com a criança, os pais e a escola.
A causa do TDAH não é específica, é uma interação
entre fatores genéticos, psíquico-sociais e biológicos.
As
conseqüências para a criança são: baixo rendimento escolar, tristeza, baixa
auto-estima, dificuldades de relacionamento sociais, pode acontecer uso de
drogas e bebida alcoólica, se tornam adultos inseguros.
O tratamento é individual de acordo com a
causa, deve ser avaliado todo o contexto. Pode ser com medicações, terapia e é
necessário o envolvimento da família e da escola.
O
professor pode intervir orientando, ajudando a criança e a família. Devemos
desfazer rótulos prévios e sim melhorar a auto-estima da criança, fazendo com
que ela se sinta querida, é necessário haver um calendário para que a criança
consiga visualizar o calendário e saber quais serão suas atividades futuras. O
professor deve elogiar, reconhecer o que a criança fizer de legal, para que ela
se sinta inserida na sala de aula.
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